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Número Descrição Quantidade Linhas Código Fonte
3.11.2 Presença de parágrafos justificados 41 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 295 296 297 298 299 300 301 302 303 304 305 306 307 308 310 311 312 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 327
281 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A proteção do consumidor, mesmo que sem essa denominação, remonta à Idade Antiga. Registros históricos, a exemplo do Código de Hamurabi – Babilônia, que datam do século XVIII a.C. apontam para a existência de regras para tratar questões de cunho familiar e sucessório, além de patrimoniais. Assuntos relativos a preço, qualidade e quantidade de produtos também são mencionados. Têm-se ainda anotações sobre decisões envolvendo direitos e obrigações de profissionais liberais, arquitetos, cirurgiões, etc. e autônomos, como os empreiteiros, com penas tanto pecuniárias como, nos casos mais graves, com castigos corporais e até a morte.</p>]]>
282 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">No século XIII a.C., o Código de Massu – Índia estabelecia sanções para os casos de adulterações de alimentos. Na Idade Média, século XV – França, os mesmos casos eram tratados com castigos físicos aplicados aos falsificadores. No século XVII, o microscópio passou a ser um grande aliado dos consumidores no auxílio da análise da água, alimentos e adulterações, principalmente de especiarias. No final do século XIX, o movimento de defesa do consumidor, já sendo tratado com essa denominação, ganhou força nos Estados Unidos em virtude do avanço do capitalismo. Surgia o mundo industrializado. Como marco inicial da defesa do consumidor tem-se resumidamente o resultado da união de reivindicações trabalhistas tendo em vista a exploração do trabalho das mulheres e crianças e pela atuação direta frente ao mercado de consumo, realizada por meio de boicote a produtos como exigência do reconhecimento de direitos enquanto trabalhadores e seres humanos.</p>]]>
283 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 1891 por iniciativa de Josephine Lowel foi criada a "New York Consumers League", atual "Consumers Union", que ao adquirir uma identidade própria deu início efetivo ao movimento consumerista, que se espalharia ao longo do século XX para todo o mundo. Já no século XX é importante destacar alguns fatos que impulsionaram o movimento que continua até os dias de hoje em evolução.</p>]]>
284 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 1906, nos Estados Unidos, foi elaborada a Regulamentação Para Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos e Medicamentos.</p>]]>
285 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 1927, foi criada a FDA (Food and Drugs Administration), que passou em 1938 a abranger atribuições e competências também do segmento de cosméticos. A atuação do FDA tem repercussão no mundo inteiro, sendo um dos órgãos mais respeitados do mundo.</p>]]>
286 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A década de 60 foi o grande marco mundial para os consumidores. Logo no início de 1960 foi criada a IOCU – International Organization of Consumers Unions, atualmente denominada de CI – Consumers International. A IOCU foi inicialmente composta por cinco países: Austrália, Bélgica, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. O Brasil atualmente participa da IOCU por meio da Fundação Procon e do IDEC.</p>]]>
287 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 15 de março de 1962, o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, encaminhou mensagem ao Congresso Nacional Americano reconhecendo os direitos dos consumidores (segurança, informação, escolha e a ser ouvido). Em sua homenagem o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor passou a ser comemorado nessa data.</p>]]>
288 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 1964 e ainda nos Estados Unidos, Esther Peterson foi designada como assistente do Presidente Lyndon Johnson para assuntos de consumidores. Esther Peterson por mais de cinqüenta anos lutou e participou ativamente de vários movimentos, incluindo-se nesses o de consumidores. Na mesma época Ralph Nader deu inicio a um trabalho que culminou em denúncias que apontavam falhas de segurança nos automóveis americanos.</p>]]>
289 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">No ano de 1965 foi criada na Malásia a primeira organização de consumidores em países em desenvolvimento – "Selangor and Federal Territory Consumers Association".</p>]]>
290 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Na década de 70, os países menos industrializados passaram a receber um volume grande de informações sobre legislações, movimentos, associações de consumidores etc., em virtude do avanço tecnológico dos meios de comunicação.</p>]]>
291 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 1985, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas adotou a Resolução 39-248, que estabeleceu Diretrizes para a Proteção do Consumidor ressaltando a importância da participação dos governos na implantação de políticas de defesa do consumidor.</p>]]>
292 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Os anos 90 demonstraram a importância da defesa do consumidor em função da grande transformação econômica e tecnológica mundial. A globalização e a informática alcançaram todos os países indistintamente, levando cada vez mais informação sobre movimentos, direitos e acesso a produtos e serviços oferecidos à população. O movimento dos consumidores passou a se difundir em grande escala nos países em desenvolvimento com ênfase aos trabalhos preventivos e educativos, despertando o interesse pelos valores da cidadania.</p>]]>
295 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A legislação brasileira sempre contemplou dispositivos nas normas legais, codificadas ou esparsas, que mesmo de forma tímida acenavam para o que atualmente denominamos de proteção e defesa dos consumidores. Pode-se citar o Código Comercial de 1840, que em seus Artigos 629 e 632 estabeleceu direitos e obrigações dos passageiros de embarcações ".....Interrompendo-se a viagem depois de começada por demora de conserto de navio, o passageiro pode tomar passagem em outro, pagando o preço correspondente à viagem feita. Se quiser esperar pelo conserto, o capitão não é obrigado ao seu sustento; salvo se o passageiro não encontrar outro navio em que comodamente se possa transportar, ou o preço da nova passagem exceder o da primeira, na proporção da viagem andada." (art.631 "in fine"). O Código Civil de 1916, em seu artigo 1245, também já estabelecia critérios de responsabilidade do fornecedor "...... o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante 5 (cinco) anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo, exceto, quanto a este, se, não o achando firme, preveniu em tempo o dono da obra."</p>]]>
296 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Movimentos de iniciativa popular nos anos 30 e 50, embora relacionados à falta e ao alto preço dos produtos já traziam noções básicas de proteção aos consumidores.</p>]]>
297 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">O fato mais significativo dos anos 60 na proteção aos consumidores foi a decretação da Lei Delegada n.º 4 de 1962, que vigorou até 1998 e visava assegurar a livre distribuição de produtos.</p>]]>
298 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">A década de 70 contemplou um marco no país. Em 1976, pelo Governo do Estado de São Paulo foi criado o primeiro órgão público de proteção ao consumidor que recebeu o nome de Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor, mais conhecido como PROCON. Também nessa década houve a promulgação e implementação de normas direcionadas aos segmentos de alimentos (Decreto-lei 986/69), saúde (Decreto-lei 211/70) e habitação (Lei 6649/79 – locação e 6676/79 – loteamento).</p>]]>
299 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Os anos 80 foram marcados por profundas transformações políticas e pelos planos econômicos, com intensa participação popular nas questões envolvendo consumo. Regulamentos setoriais, normas técnicas e de Boa Prática, dentre outros, também difundiam direta e indiretamente a proteção dos consumidores. Diversas entidades civis se organizam e despontam em segmentos específicos, como a Associação de Inquilinos Intranqüilos, a CAMMESP - Central de Atendimento aos Moradores e Mutuários do Estado de São Paulo e a Associação Intermunicipal de Pais e Alunos, entre outras. Em 1987 é fundado o IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e em 1989 é instituída a Comissão de Defesa do Consumidor da OAB - São Paulo.</p>]]>
300 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">No início dos anos 90 foi sancionada a Lei 8.078, conhecida como Código de Defesa do Consumidor, que também criou o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. Outras entidades civis passam a atuar na proteção e defesa dos interesses de associados, a exemplo da Associação das Vítimas de Erros Médicos, a ANDIF - Associação Nacional dos Devedores de Instituições Financeiras e a ANMM - Associação Nacional dos Mutuários e Moradores. Nessa década também é criado o BRASILCON - Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor, entidade de caráter técnico, científico e pedagógico.</p>]]>
301 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">O Código de Defesa do Consumidor foi o grande marco na evolução da defesa do consumidor brasileiro, sendo uma lei de ordem pública e de interesse social com inúmeras inovações inclusive de ordem processual.</p>]]>
302 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Em 28 de maio de 2012, por meio do Decreto n. 7.738, foi criada a Secretaria Nacional do Consumidor, à qual cabe exercer as competências estabelecidas na Lei. 8.078/90 tais como formular, promover, supervisionar e coordenar a Política Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor.</p>]]>
303 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"> </p>]]>
304 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Bibliografia<br /> ·Arquivos do Centro de Documentação da Fundação Procon</p>]]>
305 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">·Abrindo a Empresa Para o Consumidor - Maria Lúcia Zülzke – Qualitymark Editora/97</p>]]>
306 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">·Manual de Direitos do Consumidor - José Geraldo Brito Filomeno – Editora Atlas/91</p>]]>
307 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">·Código Brasileiro de Defesa do Consumidor - Comentado pelos autores do anteprojeto – Editora</p>]]>
308 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Forense Universitária/92</p>]]>
310 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">·Entrevistas pessoais</p>]]>
311 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">·Livro Procon – 25 anos.</p>]]>
312 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Fonte: Procon/SP</p>]]>
315 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1976</strong> – Sociedade Civil promove no Estado um Congresso Nacional, sem a participação do Poder Público.</p>]]>
316 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1983</strong> – Criada, na Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, a – Coordenadoria de Orientação e Proteção ao Consumidor (Codec), encarregada da proteção ao consumidor.<br /> <b>1986</b> - No âmbito do Ministério Público, pela Resolução nº 803, de 19 de julho de 1985, publicado no Diário da Justiça do Estado de 01 de outubro de 1985, foi criado o Serviço Especial de Defesa do Consumidor (SEDEC) com a finalidade de atendimento aos consumidores individual e coletivamente.</p>]]>
317 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1989</strong> – Com a extinção da Codec, as atividades são reduzidas ao atendimento do consumidor em programa vinculado à estrutura da Secretaria de Estado da Justiça, do Trabalho e Ação Social (SETA).</p>]]>
318 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1990</strong> – Realizado, em Curitiba, o 1º Congresso Paranaense sobre os Direitos do Consumidor, promovido pela Seta. – Promulgada a Lei 8.078, de 11 de setembro, Código de Defesa do Consumidor.</p>]]>
319 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1991</strong> – Entra em vigor o Código de Defesa do Consumidor, em 11 de março. – Criada, pelo Decreto 609, de 23 de julho, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon-PR, inserida na estrutura programática da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (SEJU), e o Conselho Estadual de Defesa do Consumidor (Condef).</p>]]>
320 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1996 </strong>– Aprovado o Regimento Interno e os Procedimentos Administrativos do Procon PR, pelas Resoluções SEJU 48 e 49, ambas de 13 de maio.</p>]]>
321 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>1998</strong> - Criados o Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FEID) e o Conselho Gestor do Fundo (CEG/FEID) pela Lei 11.978, de 5 de janeiro, alterada pela Lei 12.945, de 5 de setembro de 2000. O Fundo foi regulamentado pelo Decreto 4.620, de 27 de julho. – Novos Regimento Interno e Procedimentos Administrativos do Procon-PR, aprovados pelas Resoluções SEJU 68, de 9 de junho e 64, de 29 de junho, respectivamente.</p>]]>
322 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>2001</strong> – Aprovado o novo Regulamento do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, pelo Decreto 3981, de 10 de maio.</p>]]>
323 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>2003 </strong>– O Decreto 2.085, de 7 de novembro, aprova novo regulamento da SEJU, sendo o Procon-PR um órgão de execução programática desta Secretaria. À SEJU estão vinculados o Conselho Estadual de Defesa do Consumidor (Condef) e o Conselho Estadual Gestor do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (CEG/FEID).</p>]]>
324 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>2004</strong> - Desenvolvido projeto piloto com os Procons Municipais de Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, para integração em rede estadual do Sistema DPC, programa informatizado de atendimento ao consumidor.</p>]]>
325 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify"><strong>2006</strong> - Em 15 de março é firmado convênio com 37 Procons Municipais para sua integração ao Sistema DPC, programa informatizado de atendimento aos consumidores.</p>]]>
327 <![CDATA[<p style="margin-bottom: 0cm;" align="justify">Fonte: Procon-PR e MP-PR.</p>]]>