209
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">No mês
de junho, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que determina mudanças no
cadastro de novos possíveis doadores de medula óssea no registro brasileiro
(REDOME). As mudanças reduzem a idade máxima para cadastro para 35 anos de
idade e modificam o modo como é feito o exame de tipagem HLA que passa a ser
feito por meio de sequenciamento, tecnologia mais atual e detalhada.</p>]]>
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216
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A
tipagem da compatibilidade do doador que será colocada no REDOME será mais
robusta do que antigamente. No início quando se formaram os primeiros registros
de doadores de medula óssea, conhecia-se muito pouco sobre a compatibilidade e
por isso o tipo de tipagem que era feito era mais simples por meio de
sorologia. De lá para cá, a tecnologia se desenvolveu muito, descobriu-se que
quanto melhor a compatibilidade entre o doador e o receptor, melhor é o
resultado do transplante.</p>]]>
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225
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Segundo
a médica hematologista, Dra Carmen Vergueiro, o que o doador pode oferecer de
melhor para o paciente é a melhor compatibilidade possível. A médica, que foi
responsável pelo cadastro de doadores no hemocentro da Santa Casa de São Paulo
por anos, explica que essa busca pelo melhor doador, com a melhor resolução,
com a melhor compatibilidade serve para que os pacientes tenham mais chance de
sobreviver ao TMO.</p>]]>
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233
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A
tipagem que será feita nos novos doadores cadastrados será por uma técnica de
biologia molecular chamada sequenciamento, o que impacta no resultado do
transplante, pois ao melhorar a tipagem, mais rápido é possível eleger o melhor
doador, isso agiliza o tempo para o paciente chegar ao transplante. Com o exame
mais detalhado sendo feito no cadastro, não é preciso chamar o doador novamente
para colher uma nova amostra e fazer um exame estendido, o que acontecia até
hoje no processo de doação. Dessa maneira, uma das etapas que o paciente
precisa aguardar até que se firme a compatibilidade do doador vai diminuir,
assim o tempo de espera para o paciente diminui.</p>]]>
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244
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A
redução na idade máxima para cadastro é uma tendência mundial nos registros há
algum tempo. O registro canadense já diminuiu a idade para 40 anos há cerca de
10 anos, os registros americano e alemão também reduziram. Essa mudança
aconteceu, porque começou-se a perceber que os resultados com o TMO, quando o
doador era mais jovem, eram melhores. Segundo pesquisas da área, as taxas de
mortalidades são mais baixas quando o doador não-aparentado é mais jovem, do
que quando se usa doadores mais velhos. E esses resultados foram se
consolidando ao longo do tempo, o pesquisador C. Kollman publicou em 2016, na
revista Blood, resultados que mostravam que para cada 10 anos a mais na idade
de um doador a taxa de mortalidade do paciente transplantado aumenta em 5,5%.</p>]]>
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256
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Segundo
dados da plataforma criada pela AMEO, no âmbito do PRONON, a taxa de
mortalidade tem crescimento significativo quando o transplante é feito com
doadores com idade acima de 30 anos. Em 64 pacientes de LLA (Leucemia Linfoide
Aguda) que fizeram transplante com doador voluntário não-aparentado (do REDOME)
com idade abaixo de 30 anos, a taxa de sobrevida global em um ano é de cerca de
80%. Enquanto em 10 pacientes com as mesmas condições, mas que tiveram um
doador não aparentado de idade acima de 30 anos, a taxa de sobrevivência em um
ano diminui para 60%.</p>]]>
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266
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Muitas
pessoas encararam as mudanças com negatividade. A médica esclarece que isso
ocorre por falta de informação. São assuntos muito técnicos, para quem
acompanha o dia a dia do transplante essas informações não são novidades. Se as
pessoas conseguirem entender o motivo das mudanças, não tem motivo para ser
contra, já que todos somos a favor do paciente, destaca ela. Hoje, quando
existe a opção de mais de um doador, ao selecionar os doadores não-aparentados,
os médicos já dão preferência a doadores mais jovens, porque o resultado do transplante
é melhor.</p>]]>
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276
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A
hematologista ressalta que o que será limitado será a idade dos novos
cadastrados e não o número de cadastros. A doação é em benefício do paciente
e, por isso, a doação precisa ser adequada ao que conhecemos hoje, buscando o
melhor resultado possível. O programa de transplante atende às necessidades dos
pacientes explica Dra Carmen Vergueiro.</p>]]>
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283
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">No
começo pode haver uma queda no número de cadastros, por isso é preciso se
adaptar a essa realidade para que o número de novos cadastros volte ao que é
hoje. É, portanto, preciso mudar de estratégia na captação de doadores e focar
mais na população jovem. Esta é uma mudança de qualidade que trará benefícios
aos nossos pacientes. </p>]]>
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290
| <![CDATA[<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Fonte:
Por Andressa Villagra/Ameo.org.br </p>]]>
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