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| <![CDATA[<p align="justify"><strong>Vital Brazil Mineiro da Campanha</strong> nasceu em 28 de abril de 1865, em Campanha, Minas Gerais, e faleceu em 8 de maio de 1950, na capital carioca. à considerado um dos grandes nomes na história da ciência. Médico e sanitarista, Vital Brazil foi um dos primeiros pesquisadores de toxinologia nas Américas e de medicina experimental no Brasil.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Na virada dos séculos XIX e XX, liderou frentes de combate a diversas epidemias que eclodiram no paÃs, como a febre amarela, cólera, varÃola e peste bubônica. As pesquisas assinadas por ele são pioneiras na produção dos soros especÃficos contra venenos de animais peçonhentos (serpentes, escorpiões e aranhas). Até hoje, salvam milhares de vidas. Tais pesquisas romperam paradigmas e contribuÃram à inovação de conceitos e práticas nas ciências médicas e biológicas. Nenhum outro método de neutralização da peçonha é mais eficaz do que o criado por Vital Brazil, em 1898.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Em 1917, quando recebeu a patente do soro antiofÃdico, decidiu imediatamente doá-la ao governo brasileiro. Preocupava-se principalmente com a Saúde Pública. Dentre os numerosos e determinantes legados deixados por ele, destacam-se a criação do <strong>Instituto Butantan</strong> (fundado oficialmente em 1901, em São Paulo) e do <strong>Instituto Vital Brazil</strong> (fundado em 1919, em Niterói). Ambas instituições tornaram-se referenciais de excelência na formação de pesquisadores, na produção de medicamentos e na divulgação e popularização das ciências no paÃs.<br>
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O cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha é o primeiro filho de <strong>José Manuel dos Santos Pereira Junior</strong> (1837-1931) e de <strong>Mariana Carolina Pereira de Magalhães </strong>(1845-1913). Depois dele, vieram mais seis irmãs e um irmão. Vital Brazil viveu num perÃodo revolucionário: entre 1865 e 1950, a humanidade por profundas mudanças: invenções, virada do Século XX, Brasil republicano, era Getúlio Vargas, desenvolvimento da ciência, II Guerra Mundial, etc.<br>
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O interior mineiro foi pano de fundo da infância de Vital Brazil. O processo de crescimento num lugar distante da Corte e de centros urbanos contribuiu para que Vital Brazil focasse, futuramente, na realidade rural. A formação escolar se deu em um perÃodo que ocorreram mudanças significativas nos métodos de ensino vigentes, sobretudo, pela influência do trânsito regular, pelo paÃs, de educadores e missionários protestantes. Estudou na cidade de Caldas sob a orientação de um mestre presbiteriano. Em épocas ainda imperiais e escravistas, os genes e valores mineiros de liberdade certamente colaboraram para moldar no menino Vital muitas de suas caracterÃsticas, como uma das mais referenciadas: a autonomia tanto no pensar, quanto no agir.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify"> Em 1880, aos 15 anos de idade, mudou-se com sua famÃlia para São Paulo, cidade em que conseguiu alcançar muitos de seus anseios. Após completar os estudos preparatórios, Vital Brazil foi ao Rio de Janeiro, Corte do Império Brasileiro, onde cursou a Faculdade de Medicina, de 1886 a 1891. Logo após sua formatura, em que defendeu a tese <em>“Funções do Baço”</em>, em janeiro de 1892, retornou para São Paulo, onde se casou com sua prima em segundo grau, <strong>Maria da Conceição Philipina de Magalhães</strong>. Maria da Conceição morreu em março de 1913 e deixou ao viúvo Vital Brazil nove filhos.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Vital Brazil contraiu febre amarela em dois momentos. Na segunda vez, em 1893, estava em missão sanitária no interior de São Paulo, na cidade de Belém do Descalvado. Sua esposa e sua mãe, apreensivas com os constantes riscos que Vital enfrentava nos combates à s epidemias, convenceram-no a aceitar o convite para clinicar em Botucatu. Na época, aquela era a mais próspera localidade da região do centro-oeste paulista. Em 1º de julho de 1897, Vital Brazil ingressa no Instituto Bacteriológico, instituição que viu ser fundada em 1892, quando já trabalhava para o Serviço Sanitário de São Paulo. Por pouco mais de dois anos, a partir desta data, integrou a pequena equipe de médicos que atuava sob a orientação de <strong>Adolfo Lutz</strong> (1855-1940). Após diagnosticar, combater e contrair a peste bubônica na cidade de Santos, entre outubro e novembro de 1899, Vital Brazil retorna ao trabalho no Instituto Bacteriológico. Em dezembro deste mesmo ano, inicia a adaptação de um velho rancho na então distante Fazenda Butantan, situada a 9 km da capital paulista, com a responsabilidade de montar e organizar ali um laboratório que servisse à produção de soro antipestoso. Nesta época, Vital Brazil já possuÃa estudos avançados sobre o problema do ofidismo e tratamento soroterápico.<br>
Vital Brazil fundou e dirigiu o Instituto Butantan por 20 anos, de 1899 a 1919, e foi convidado pelo Governo do Estado de São Paulo a retornar à direção desta instituição, por mais 4 anos, em 1924. Criou, cofundou e colaborou com diversas revistas cientÃficas, como a <strong>Revista Médica de São Paulo</strong>, e escreveu dois livros: <strong>A Defesa contra o Ophidismo</strong>, em 1911, reeditado e ampliado em 1914, somente em francês, e <strong>Memória Histórica do Instituto Butantan</strong>, em 1941. Publicou dezenas de artigos cientÃficos, em diferentes lÃnguas e periódicos. Por meio de alguns testemunhos e citações de cientistas e eminentes personalidades mundiais pode-se chegar a uma avaliação, mesmo que breve, sobre a contribuição de Vital Brazil para a Ciência e para a Medicina, assim como sobre o papel que desempenhou na História.<br>
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Aos 54 anos de idade, em 1919, viúvo há seis anos, Vital Brazil já havia alcançado reconhecimento mundial pelo conjunto da obra acerca da soroterapia especÃfica aplicada aos envenenamentos por animais peçonhentos. Além disso, havia contribuÃdo enormemente a diversos campos ligados à saúde pública do paÃs. Casou-se novamente, em 1920, com <strong>Dinah Carneiro Vianna </strong>(1895-1975), e desta união nasceram mais nove filhos. Simultaneamente, Vital Brazil já ganhava netos dos filhos do primeiro casamento. Desta forma, constituiu uma grande famÃlia. O cientista faleceu de uremia (concentração abusiva de ureia no sangue) no inÃcio da manhã do dia 8 de maio de 1950, em sua residência, no Rio de Janeiro.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify"> ;</p>]]>
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