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www.apmt.mt.gov.br/cuiaba300/textos/view/15

76.32 85 116
Recomendações Avaliadas
3.11 Garantir a leitura e compreensão das informações.

Recomendações

Número Descrição Quantidade Linhas Código Fonte
3.11.2 Presença de parágrafos justificados 18 172 174 176 178 180 182 184 186 188 190 192 194 196 198 200 202 204 206
172 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Por Lauro Portela</strong></p>]]>
174 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Em fins da d&eacute;cada de 1930, sob o Estado Novo (1937-1945), Mato Grosso, Centro-Oeste do Brasil, foi designado como um dos alvos de um conjunto de pol&iacute;ticas de reordenamento da ocupa&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o com incentivos &agrave; migra&ccedil;&atilde;o, cuja inten&ccedil;&atilde;o era aproximar litoral (moderno e civilizado) do &ldquo;sert&atilde;o&rdquo; (provinciano, atrasado, incivilizado). Este conjunto de pol&iacute;ticas, lan&ccedil;ados em 1938, foram denominadas &ldquo;Marcha para o Oeste&rdquo;.</p>]]>
176 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Dentro do projeto de cunho modernizador, Cuiab&aacute;, assim como a rec&eacute;m-inaugurada Goi&acirc;nia-GO, teria um papel estrat&eacute;gico neste processo de civilizar o interior. Caberia &agrave; Cidade Verde o papel de &ldquo;Portal da Amaz&ocirc;nia&rdquo;. No caso do urbanismo, significava transformar a paisagem urbana de modo a tornar a cidade em um espa&ccedil;o pedag&oacute;gico para a forma&ccedil;&atilde;o deste cidad&atilde;o desejado pela ideologia estadonovista. Desta maneira, as obras oficiais reorganizaram o espa&ccedil;o urbano cuiabano, buscando abandonar as arquiteturas colonial (barroca), do Imp&eacute;rio e Primeira Rep&uacute;blica (neocl&aacute;ssica) em prol da arquitetura moderna (sobremaneira o <em>Art d&eacute;co</em>).</p>]]>
178 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Na capital mato-grossense, o estilo <em>Art d&eacute;co </em>(abrevia&ccedil;&atilde;o do franc&ecirc;s <em>arts d&eacute;coratifs</em>) salta aos olhos em constru&ccedil;&otilde;es datadas das d&eacute;cadas de 1930 e 1940, sobretudo porque foi o estilo preponderante nas chamadas &ldquo;Obras Oficiais&rdquo; &ndash; com exce&ccedil;&atilde;o da Resid&ecirc;ncia dos Governadores, em estilo neocolonial californiano, e da Maternidade de Cuiab&aacute;, em neocolonial. Estas foram contratadas pelo ent&atilde;o interventor federal J&uacute;lio Str&uuml;bing M&uuml;ller &agrave; empresa carioca &ldquo;Coimbra Bueno&rdquo;.</p>]]>
180 <![CDATA[<p style="text-align:justify">As obras se concentraram no Primeiro Distrito, ou Distrito da S&eacute;, no atual Centro, e Segundo Distrito, no Porto. Mas tamb&eacute;m no Terceiro Distrito, atual V&aacute;rzea Grande e na Serra de S&atilde;o Vicente. A maior parte na S&eacute;, num eixo vi&aacute;rio aberto para abrigar a administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica. Assim, a antiga Rua Pocon&eacute; deu lugar &agrave; nov&iacute;ssima Avenida Get&uacute;lio Vargas, feita de pavimento r&iacute;gido que dura at&eacute; hoje. Na nova via foram constru&iacute;dos o Grande Hotel (que j&aacute; serviu como sede do BEMAT e, depois, da Secretaria de Estado de Cultura), o Cine-Teatro Cuiab&aacute;, a Secretaria Geral (que concentrava todos &oacute;rg&atilde;os da administra&ccedil;&atilde;o do Executivo estadual, depois passou &agrave; Secretaria de Estado de Educa&ccedil;&atilde;o, atualmente &eacute; a sede da Superintend&ecirc;ncia de Arquivo P&uacute;blico), o Pal&aacute;cio da Justi&ccedil;a (que j&aacute; foi a segunda sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso), o Col&eacute;gio Estadual (que voltou a ser nomeado Liceu Cuiabano em fins dos anos 1970), a Esta&ccedil;&atilde;o de Tratamento de &Aacute;gua (embora fora da avenida, ainda assim sendo acessada por ela). Distante da mancha urbana, &agrave;s margens do rio Cuiab&aacute;, de frente para a Passagem da Concei&ccedil;&atilde;o (atualmente, distrito de V&aacute;rzea Grande), foi constru&iacute;da uma Esta&ccedil;&atilde;o Elevat&oacute;ria de &Aacute;gua. O pr&eacute;dio do 16.&ordm; Batalh&atilde;o de Ca&ccedil;adores, embora seja uma constru&ccedil;&atilde;o federal, foi inaugurado no mesmo per&iacute;odo, mas possui linhas neobarrocas com um estilo arquitet&ocirc;nico comum &agrave;s constru&ccedil;&otilde;es militares conhecido como &ldquo;Cal&oacute;geras&rdquo;.</p>]]>
182 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Fora do novo eixo, mas no antigo Caminho do Porto (na esquina das ruas &ldquo;13 de Junho&rdquo; com a &ldquo;Dom Bosco&rdquo;), o Centro de Sa&uacute;de.</p>]]>
184 <![CDATA[<p style="text-align:justify">No Segundo Distrito, a Maternidade de Cuiab&aacute;, situada na antiga Travessa da Constitui&ccedil;&atilde;o (atual Rua &ldquo;Tenente Thogo da Silva Pereira&rdquo;) esquina com a Rua &ldquo;13 de Junho&rdquo;. Ap&oacute;s amplia&ccedil;&atilde;o, deu lugar ao Hospital Geral, hoje Hospital Geral Universit&aacute;rio.</p>]]>
186 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Al&eacute;m da institui&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de, a Ponte &ldquo;Bacharel J&uacute;lio M&uuml;ller&rdquo; com seus arcos caracter&iacute;sticos e um v&atilde;o para permitir a passagem de embarca&ccedil;&otilde;es. Esta ponte, a primeira sobre o rio Cuiab&aacute;, foi essencial para a comunica&ccedil;&atilde;o dos dois primeiros distritos com seu terceiro, substituindo a Balsa P&ecirc;ndulo como meio da travessia entre as duas margens.</p>]]>
188 <![CDATA[<p style="text-align:justify">No Terceiro Distrito, a Usina de Pasteuriza&ccedil;&atilde;o e o Pavilh&atilde;o de Exposi&ccedil;&atilde;o Agropecu&aacute;ria, provavelmente no terreno do antigo Campo de Demonstra&ccedil;&atilde;o, onde hoje &eacute; a Alameda J&uacute;lio M&uuml;ller.</p>]]>
190 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Finalmente, distante da capital, o Parque Estadual de &Aacute;guas Quentes, na Serra de S&atilde;o Vicente, hoje Munic&iacute;pio de Santo Ant&ocirc;nio de Leverger.</p>]]>
192 <![CDATA[<p style="text-align:justify">As &ldquo;Obras Oficiais&rdquo; marcaram &eacute;poca n&atilde;o s&oacute; pelo estilo arquitet&ocirc;nico caracter&iacute;stico preponderante, o <em>Art d&eacute;co</em>, mas pelas festas de inaugura&ccedil;&atilde;o, animando a popula&ccedil;&atilde;o cuiabana, principalmente com a visita oficial do presidente Get&uacute;lio Vargas, em agosto de 1941. Foi a primeira vez que um chefe de Estado do Brasil visitou Cuiab&aacute;. O evento teve forte simbolismo: a ent&atilde;o &ldquo;moderna&rdquo; Cuiab&aacute; tinha direito a continuar sendo a capital dos mato-grossenses, desbancando Campo Grande das suas pretens&otilde;es pol&iacute;ticas; os trabalhadores locais, que foram arregimentados para os canteiros das obras modernizadoras, e depois os demais trabalhadores urbanos, tiveram acesso ao novo documento do trabalhador: a Carteira de Trabalho. Sobre este &uacute;ltimo ponto, n&atilde;o &eacute; &agrave; toa que o presidente, criador do documento, dirigiu-se improvisadamente aos trabalhadores em agradecimento &agrave; parada trabalhista que se realizou.</p>]]>
194 <![CDATA[<p style="text-align:justify"> ;</p>]]>
196 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Refer&ecirc;ncias:</strong></p>]]>
198 <![CDATA[<p style="text-align:justify">ARRUDA, Lidiana Laura Campos Borralho de. <em>Escola de Auxiliar de Enfermagem Dr. M&aacute;rio Corr&ecirc;a da Costa:</em> a profissionaliza&ccedil;&atilde;o da enfermagem em Mato Grosso (1952-1975). 2012, 116f. Disserta&ccedil;&atilde;o (Mestrado em Educa&ccedil;&atilde;o) &ndash; Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educa&ccedil;&atilde;o, Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Educa&ccedil;&atilde;o, Cuiab&aacute;.</p>]]>
200 <![CDATA[<p style="text-align:justify">BERTOLINI, Carlos Am&eacute;rico. A visita de Get&uacute;lio Vargas &agrave; Cuiab&aacute;: j&uacute;bilo c&iacute;vico e culto &agrave; personalidade. Cuiab&aacute;, <em>Revista UNICI&Ecirc;NCIAS</em>, v. 4, n. 1, 2000, p. 131-143.</p>]]>
202 <![CDATA[<p style="text-align:justify">BUZATO, Gino Francisco. <em>Transforma&ccedil;&otilde;es urbanas em Cuiab&aacute; e a forma&ccedil;&atilde;o do cidad&atilde;o moderno (1937-1945)</em>. 2017, 140f. Tese (Doutorado em Educa&ccedil;&atilde;o) &ndash; Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Educa&ccedil;&atilde;o, Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Educa&ccedil;&atilde;o, Cuiab&aacute;.</p>]]>
204 <![CDATA[<p style="text-align:justify">CASTOR, Ricardo Silveira. <em>Arquitetura Moderna em Mato Grosso:</em> di&aacute;logos, contrastes e conflitos. 2013, 456 f. Tese (Doutorado em Hist&oacute;ria e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo) &ndash; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S&atilde;o Paulo, S&atilde;o Paulo.</p>]]>
206 <![CDATA[<p style="text-align:justify"> ;</p>]]>