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<div class="titulo_pag_h5">
<i class="fa fa-angle-down fa-fw"></i> jornal de hontem janeiro 2016 </div>
</div>
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<div class="panel-body">
<p>
<u><a href="http://www.apmt.mt.gov.br/site/jornal-de-hontem">Edições Anteriores</a></u></p>
<p style="text-align: center;">
<strong>“A CORRIDA ESPACIAL NO CONTEXTO DA GUERRA FRIA”</strong></p>
<p style="text-align: right;">
MORAES, Angelo Carlos Carlini de</p>
<p style="text-align: center;">
;</p>
<p style="text-align: justify;">
O período histórico conhecido como “Guerra Fria” denota o embate entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; as duas potências disputaram entre si a hegemonia política, ideológica, econômica e militar do planeta desde o término da Segunda Guerra Mundial em 1945, na qual foram os grandes vencedores e responsáveis diretos pela derrota do exército alemão hitlerista, até a derrocada do sistema comunista soviético em 1991, que teve na queda do Muro de Berlim em 1989, seu momento de maior simbolismo. A flagrante superioridade bélica em relação aos outros países envolvidos na guerra expressou-se na configuração de uma nova ordem geopolítica mundial que contrapôs interesses distintos entre as duas superpotências nos anos vindouros. A cisão do mundo em dois grandes blocos, os países alinhados aos EUA (capitalistas) e os países alinhados à URSS (comunistas), ensejou uma série de conflitos indiretos entre as duas nações e suas respectivas zonas de influências (os chamados países “satélites”). Sobre a “Guerra Fria”, diz o historiador marxista Eric Hobsbawm em sua conhecida obra ‘Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991’: <em>“... apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da segunda Guerra mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência.”</em></p>
<p style="text-align: justify;">
Em vários campos do conhecimento, americanos e soviéticos empenharam-se na superação de seus rivais; de fato, o conhecimento científico foi o grande baluarte nesta competição com o intuito de</p>
<p>
<a href="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/05f13-reinvidiacao_territorial.png"><img alt="" src="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/05f13-reinvidiacao_territorial.png" style="text-align: justify; width: 126px; height: 315px; float: right; border-width: 2px; border-style: solid; margin: 1px;" /></a></p>
<p style="text-align: justify;">
;demonstrar uma possível supremacia de um sistema socioeconômico sobre o outro, de um povo sobre o outro. A corrida espacial insere-se nesse contexto e merece destaque por promover grandes saltos ;</p>
<p style="text-align: justify;">
tecnológicos que influenciaram parte da vida cotidiana de homens e mulheres comuns ao redor do mundo, como por exemplo, a produção em massa de materiais sintéticos usados nas mais diversas atividades domésticas e industriais.</p>
<p style="text-align: justify;">
Em 1957, em paralelo à escalada armamentista, os russos dão a largada à corrida espacial enviando o primeiro dispositivo humano ao espaço que orbitou o planeta, o foguete <em>Sputnik</em> I. Ao fim do mesmo ano, lançariam o <em>Sputnik</em> II, com o primeiro ser vivo a sair do planeta, a cadela <em>Laika</em>. Os EUA, sentindo a real ameaça e o poderio tecnológico russo, aderem à corrida espacial lançando em 1958 o foguete <em>Explorer</em> I. Em 1961, os russos responderiam levando ao espaço o primeiro vôo tripulado por um ser humano, com o astronauta Yuri Gagarin. Nos anos seguintes, os dois países revezam-se em lançamentos espaciais até a culminância com a chegada do homem à lua em 1969 com o vôo da nave norte-americana <em>Apollo</em> 11, tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins.</p>
<p style="text-align: justify;">
; ; Em pesquisa realizada na hemeroteca do Arquivo Público de Mato Grosso para a presente edição do <em>Jornal de Hontem</em> em nosso sítio, localizamos jornais datados de 1959 que reverberam o clima de insegurança e instabilidade política global por qual atravessava a humanidade à época do auge da “Guerra Fria”. O periódico cuiabano “O Estado de Mato Grosso”, em sua primeira página de 04 de Janeiro de 1959 faz referência ao lançamento da sonda espacial <em>Luna</em> I pelos soviéticos: <em>“Os russos lançaram um foguete à lua”</em>. O artefato chegou a uma distância de “apenas” 6000 Km da lua e a missão foi considerada muito bem sucedida. No mesmo espaço, o jornal destaca uma nota aventando a questão de uma possível contenda futura pelos territórios lunares entre americanos e soviéticos: <em>“Reivindicação territorial na lua.”</em>; o temor de que os soviéticos pudessem fixar sua bandeira no território lunar – como assim fariam os norte-americanos anos mais tarde – é tido como uma ameaça real.</p>
<p style="text-align: justify;">
Em 09 de Janeiro, outra noticia informando o leitor cuiabano sobre o lançamento espacial soviético: <a href="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/6d2c9-o-planeta-cosmico.png"><em>“O planeta cósmico soviético”</em> </a>destaca a possibilidade de observação do projétil soviético a cada cinco anos, utilizando-se para tanto, <em>“telescópios especialmente poderosos”.</em></p>
<p style="text-align: justify;">
Assim como outras localidades do Brasil e do mundo, a população letrada do estado de Mato Grosso teve oportunidade de acompanhar, não sem apreensão, o desenrolar das estratégias e querelas dos governos do estrangeiro no que diz respeito à formatação do mapa geopolítico do mundo gerado a partir da Segunda Grande Guerra. ;</p>
<div>
;</div>
<div>
Jornais:</div>
<div>
<a href="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/7c4de-reivindicacao-territorial-na-lua.-o-estado-de-mato-grosso,-04-de-janeiro-de-1959,-p.-1.pdf"><em>Reivindicação territorial na lua.</em> O Estado de Mato Grosso, 04 de Janeiro de 1959, p. 1.</a></div>
<div>
<p>
<a href="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/dd14d-o_planeta-cosmico_sovietico._o_estado_de_mato_grosso_09_de_janeiro_de_1959_p.-1.pdf"><em>O planeta cósmico soviético.</em> O Estado de Mato Grosso, 09 de Janeiro de 1959, p. 1.</a></p>
</div>
<div>
;</div>
<div>
;</div>
<div>
Para saber mais:</div>
<div>
<div>
Livros:</div>
<div>
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.</div>
<div>
MAGNOLI, Demetrio (Org.). História das Guerras. São Paulo, Editora Contexto, 2006.</div>
<div>
;</div>
<div>
Sites:</div>
<div>
<a href="http://www.portaldoastronomo.org/tema73.php">http://www.portaldoastronomo.org/tema73.php ;</a></div>
<div>
<a href="http://www.comciencia.br/reportagens/guerra/guerra07.htm">http://www.comciencia.br/reportagens/guerra/guerra07.htm ;</a></div>
</div>
<p style="text-align: justify;">
;</p>
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| <![CDATA[<div class="panel-heading" style="background-color:#1A3D5B">
<div class="titulo_pag_h5">
<i class="fa fa-angle-down fa-fw"></i> jornal de hontem janeiro 2016 </div>
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| <![CDATA[<p style="text-align: center;">
<strong>“A CORRIDA ESPACIAL NO CONTEXTO DA GUERRA FRIA”</strong></p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: right;">
MORAES, Angelo Carlos Carlini de</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: center;">
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| <![CDATA[<p style="text-align: justify;">
O período histórico conhecido como “Guerra Fria” denota o embate entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; as duas potências disputaram entre si a hegemonia política, ideológica, econômica e militar do planeta desde o término da Segunda Guerra Mundial em 1945, na qual foram os grandes vencedores e responsáveis diretos pela derrota do exército alemão hitlerista, até a derrocada do sistema comunista soviético em 1991, que teve na queda do Muro de Berlim em 1989, seu momento de maior simbolismo. A flagrante superioridade bélica em relação aos outros países envolvidos na guerra expressou-se na configuração de uma nova ordem geopolítica mundial que contrapôs interesses distintos entre as duas superpotências nos anos vindouros. A cisão do mundo em dois grandes blocos, os países alinhados aos EUA (capitalistas) e os países alinhados à URSS (comunistas), ensejou uma série de conflitos indiretos entre as duas nações e suas respectivas zonas de influências (os chamados países “satélites”). Sobre a “Guerra Fria”, diz o historiador marxista Eric Hobsbawm em sua conhecida obra ‘Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991’: <em>“... apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da segunda Guerra mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência.”</em></p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: justify;">
Em vários campos do conhecimento, americanos e soviéticos empenharam-se na superação de seus rivais; de fato, o conhecimento científico foi o grande baluarte nesta competição com o intuito de</p>]]>
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| <![CDATA[<img alt="" src="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/05f13-reinvidiacao_territorial.png" style="text-align: justify; width: 126px; height: 315px; float: right; border-width: 2px; border-style: solid; margin: 1px;" />]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: justify;">
;demonstrar uma possível supremacia de um sistema socioeconômico sobre o outro, de um povo sobre o outro. A corrida espacial insere-se nesse contexto e merece destaque por promover grandes saltos ;</p>]]>
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tecnológicos que influenciaram parte da vida cotidiana de homens e mulheres comuns ao redor do mundo, como por exemplo, a produção em massa de materiais sintéticos usados nas mais diversas atividades domésticas e industriais.</p>]]>
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Em 1957, em paralelo à escalada armamentista, os russos dão a largada à corrida espacial enviando o primeiro dispositivo humano ao espaço que orbitou o planeta, o foguete <em>Sputnik</em> I. Ao fim do mesmo ano, lançariam o <em>Sputnik</em> II, com o primeiro ser vivo a sair do planeta, a cadela <em>Laika</em>. Os EUA, sentindo a real ameaça e o poderio tecnológico russo, aderem à corrida espacial lançando em 1958 o foguete <em>Explorer</em> I. Em 1961, os russos responderiam levando ao espaço o primeiro vôo tripulado por um ser humano, com o astronauta Yuri Gagarin. Nos anos seguintes, os dois países revezam-se em lançamentos espaciais até a culminância com a chegada do homem à lua em 1969 com o vôo da nave norte-americana <em>Apollo</em> 11, tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: justify;">
; ; Em pesquisa realizada na hemeroteca do Arquivo Público de Mato Grosso para a presente edição do <em>Jornal de Hontem</em> em nosso sítio, localizamos jornais datados de 1959 que reverberam o clima de insegurança e instabilidade política global por qual atravessava a humanidade à época do auge da “Guerra Fria”. O periódico cuiabano “O Estado de Mato Grosso”, em sua primeira página de 04 de Janeiro de 1959 faz referência ao lançamento da sonda espacial <em>Luna</em> I pelos soviéticos: <em>“Os russos lançaram um foguete à lua”</em>. O artefato chegou a uma distância de “apenas” 6000 Km da lua e a missão foi considerada muito bem sucedida. No mesmo espaço, o jornal destaca uma nota aventando a questão de uma possível contenda futura pelos territórios lunares entre americanos e soviéticos: <em>“Reivindicação territorial na lua.”</em>; o temor de que os soviéticos pudessem fixar sua bandeira no território lunar – como assim fariam os norte-americanos anos mais tarde – é tido como uma ameaça real.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: justify;">
Em 09 de Janeiro, outra noticia informando o leitor cuiabano sobre o lançamento espacial soviético: <a href="http://www.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/6d2c9-o-planeta-cosmico.png"><em>“O planeta cósmico soviético”</em> </a>destaca a possibilidade de observação do projétil soviético a cada cinco anos, utilizando-se para tanto, <em>“telescópios especialmente poderosos”.</em></p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align: justify;">
Assim como outras localidades do Brasil e do mundo, a população letrada do estado de Mato Grosso teve oportunidade de acompanhar, não sem apreensão, o desenrolar das estratégias e querelas dos governos do estrangeiro no que diz respeito à formatação do mapa geopolítico do mundo gerado a partir da Segunda Grande Guerra. ;</p>]]>
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197
| <![CDATA[<div class="footer-left" style="text-align:justify;">
<address>
Arquivo Público Estadual
Cuiabá, Mato Grosso, Brasil,
Av. Getúlio Vargas, 451, Centro.
CEP 78005-600
</address>
Tel: +55 (65) 3613-1800<br/>
<span style="margin-left:4.7em">(65) 3613-1802</span>
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