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Lista com todos os sítios que foram verificados pela TIC Web Acessibilidade. Dentro de cada domínio, há informações detalhadas sobre as páginas coletadas, bem como os erros e avisos de cada uma *.

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www.apmt.mt.gov.br/cuiaba300/textos/view/8

75.84 45 44
Recomendações Avaliadas
3.11 Garantir a leitura e compreensão das informações.

Recomendações

Número Descrição Quantidade Linhas Código Fonte
3.11.2 Presença de parágrafos justificados 12 172 174 176 178 180 182 184 186 188 190 192 194
172 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Por Lauro Portela</strong></p>]]>
174 <![CDATA[<p style="text-align:justify">No alto de uma colina, uma igreja neog&oacute;tica se destaca na paisagem urbana de Cuiab&aacute;. Geminado, um pouco mais antigo, o Semin&aacute;rio da Concei&ccedil;&atilde;o. Aquela, do in&iacute;cio do s&eacute;culo XX; esta &uacute;ltima, de meados do XIX. Afora estas duas constru&ccedil;&otilde;es, h&aacute; ainda nas fraldas do morro do Bom Despacho (hoje, morro do Semin&aacute;rio), nos lados sudeste e sul, o Pal&aacute;cio Episcopal, onde tamb&eacute;m &eacute; sediada a Mitra Arquidiocesana de Cuiab&aacute;, e o Centro Educacional &ldquo;Maria Auxiliadora&rdquo; (CEMA). De frente, a nordeste, a Pra&ccedil;a do Semin&aacute;rio e a Santa Casa de Miseric&oacute;rdia, onde h&aacute; uma capela dedicada &agrave; Nossa Senhora da Concei&ccedil;&atilde;o. Refer&ecirc;ncias quase t&atilde;o antigas quanto a velha cidade mon&ccedil;oeira.</p>]]>
176 <![CDATA[<p style="text-align:justify">O atual templo foi erguido no lugar de outro, bem mais singelo, que nasceu com a ocupa&ccedil;&atilde;o da margem esquerda do c&oacute;rrego da Prainha. Faz invoca&ccedil;&atilde;o a Nossa Senhora do Bom Despacho das Almas, uma das denomina&ccedil;&otilde;es de Maria, na f&eacute; cat&oacute;lica, que intercede junto a Deus aos implorantes de boa senten&ccedil;a diante do seu julgamento. Santa de origem portuguesa, cuja devo&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou no arraial do Cuiab&aacute; por volta de 1726. Abrigava, al&eacute;m da imagem de Nossa Senhora do Bom Despacho, as imagens de S&atilde;o Bento e de Santa Rita, hoje ausentes. T&atilde;o simples era a velha capela, que o Semin&aacute;rio da Concei&ccedil;&atilde;o, erguido em 1858, casar&atilde;o assobradado com janel&otilde;es imponentes, tirou da Santa o top&ocirc;nimo do morro.</p>]]>
178 <![CDATA[<p style="text-align:justify">O novo templo foi ideia do l&iacute;der franciscano frei Ambr&oacute;sio Dayd&egrave;e. O padre In&aacute;cio Gau indicou o arquiteto franc&ecirc;s Le&ograve;n Jos&eacute;ph Louis Mousnier, conde de Manoir &ndash; o mesmo da Matriz de C&aacute;ceres. A demoli&ccedil;&atilde;o da antiga Capela ficou a cargo do padre Alexandre Trebaure. A pedra fundamental da nova igreja foi lan&ccedil;ada a 8 de setembro de 1918, data dedicada a Maria. Entre as personalidades not&aacute;veis da Cuiab&aacute; de ent&atilde;o estavam o bispo e presidente de Mato Grosso Dom Aquino Corr&ecirc;a da Costa, o Arcebispo Dom Carlos d&rsquo;Amour, Frei Ambr&oacute;sio Dayd&egrave;e, a jovem Maria de Arruda M&uuml;ller, Estev&atilde;o de Mendon&ccedil;a, que redigiu a ata da b&ecirc;n&ccedil;&atilde;o da pedra fundamental, a pianista Bartira de Mendon&ccedil;a, o arquiteto respons&aacute;vel Le&ograve;n Mousnier, entre outros. Os recursos para a obra vieram das economias do Arcebispo d&rsquo;Amour, al&eacute;m das quermesses e outros empenhos da popula&ccedil;&atilde;o cuiabana.</p>]]>
180 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Sua inaugura&ccedil;&atilde;o seria no centen&aacute;rio da independ&ecirc;ncia, em 1922, mas n&atilde;o estava terminada, ent&atilde;o. No bicenten&aacute;rio da antiga capela, em 1926, faltavam alguns detalhes. Mais que isso: faltava-lhe a torre, at&eacute; hoje nunca constru&iacute;da. A &ldquo;excelsa rainha de Cuiab&aacute;&rdquo;, como frei Ambr&oacute;sio se referia &agrave; sua obra, jamais foi &ldquo;coroada&rdquo; com a sua torre do projeto original.</p>]]>
182 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Ao longo dos anos, as diversas reformas descaracterizaram aquilo que o franciscano da Ordem Terceira Regular havia concebido, originalmente. Seus tijolinhos &agrave; mostra representavam essa humildade que o frei Ambr&oacute;sio Dayd&egrave;e quis legar em sua obra. O reboco foi aplicado entre 1955 e 1956, na primeira reforma promovida pelo Bispo Auxiliar Dom Campelo de Arag&atilde;o. No lugar do piso original um mosaico de ladrilhos hidr&aacute;ulicos. Em 1986, a Funda&ccedil;&atilde;o Cultural (precursora da Secretaria de Estado de Cultura) terminou de rebocar toda a Igreja. A &uacute;ltima reforma, entre 2003 e 2004, n&atilde;o se prop&ocirc;s restaur&aacute;-la.</p>]]>
184 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Mesmo &ldquo;despida&rdquo; de seu projeto original, a Igreja jaz num mist&eacute;rio: a prov&aacute;vel exist&ecirc;ncia de um t&uacute;nel. A suspeita de tal passagem se deve a uma fuga ocorrida, em 1906, durante a luta armada entre os coron&eacute;is da Guarda Nacional Ant&ocirc;nio Paes de Barros, ent&atilde;o presidente de Mato Grosso, e Generoso Ponce aliado a Pedro Celestino Corr&ecirc;a da Costa. Durante a derrocada de seu governo e &agrave; espera do aux&iacute;lio federal, Tot&oacute; Paes, como tamb&eacute;m era conhecido o presidente, se refugiou no Semin&aacute;rio da Concei&ccedil;&atilde;o, onde foi cercado pelos guardas nacionais e capangas leais a Ponce. Como o aux&iacute;lio federal, liderado pelo coronel do Ex&eacute;rcito Dantas Barreto demorava a chegar, o coronel presidente escapou, no dia 2 de julho de 1906, apesar de toda vigil&acirc;ncia oposicionista, se refugiando na antiga F&aacute;brica de P&oacute;lvora do Coxip&oacute; do Ouro (a 30km de dist&acirc;ncia dali), onde fora assassinado na madruga de 6 de julho. &Eacute; prov&aacute;vel que tenha se valido de alguma passagem secreta que ligasse o Semin&aacute;rio ao c&oacute;rrego da Prainha ou ao Beco do Urubu (atual Rua &ldquo;Comendador Henrique&rdquo;). De qualquer maneira, os freis Ambr&oacute;sio Dayd&egrave;e e Carlos Vallet (respons&aacute;veis pela institui&ccedil;&atilde;o &agrave; &eacute;poca) nunca revelaram como Tot&oacute; conseguiu passar pelas tropas poncistas.</p>]]>
186 <![CDATA[<p style="text-align:justify"> ;</p>]]>
188 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Refer&ecirc;ncias</strong></p>]]>
190 <![CDATA[<p style="text-align:justify">MATOS, Alex de. <em>Templos Secretos</em>: hist&oacute;ria e arquitetura sagrada das igrejas neog&oacute;ticas de Mato Grosso. Cuiab&aacute;: [Editora do autor], 2011.</p>]]>
192 <![CDATA[<p style="text-align:justify">PORTELA, Lauro Virginio de Souza. <em>Alian&ccedil;as e disputas pol&iacute;ticas:</em> os primeiras anos da &ldquo;pol&iacute;tica dos governadores&rdquo; em Mato Grosso (1899-1906). 2006, 86f. Monografia (Gradua&ccedil;&atilde;o em Hist&oacute;ria) &ndash; Instituto de Ci&ecirc;ncias Humanas e Sociais, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab&aacute;.</p>]]>
194 <![CDATA[<p style="text-align:justify">MEIRA, Soely Maria de. <em>Patrim&ocirc;nio e Escola:</em> o Centro Hist&oacute;rico de Cuiab&aacute; e as pr&aacute;ticas educativas no ensino de hist&oacute;ria. 2018, 166f. Disserta&ccedil;&atilde;o (Mestrado Profissional) &ndash; Mestrado Profissional em Ensino de Hist&oacute;ria em Rede Nacional &ndash; N&uacute;cleo Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiab&aacute;.</p>]]>