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Endereço Nota Erros Avisos

www.apmt.mt.gov.br/site/jornal-de-hontem-dezembro-201
5

82.85 18 33
Recomendações Avaliadas
1.1 Respeitar os Padrões Web.

Recomendações

Número Descrição Quantidade Linhas Código Fonte
1.1.3 Presença de CSS(s) in-line 14 42 52 83 93 107 109 111 113 115 117 119 121 173 181
1.1.6 Presença de javascript(s) interno 2 281 296
42 <![CDATA[<nav class="navbar navbar-default navbar-fixed-top" style="background-color:#143047"> <!-- style="background-color:#143047" --> <div class="container"> <!-- Brand and toggle get grouped for better mobile display --> <div class="navbar-header page-scroll"> <button type="button" class="navbar-toggle" data-toggle="collapse" data-target="#bs-example-navbar-collapse-1"> <span class="sr-only">Toggle navigation</span> <span class="icon-bar"></span> <span class="icon-bar"></span> <span class="icon-bar"></span> </button> <a title="página inicial" class="navbar-brand page-scroll" href="http://www.apmt.mt.gov.br/"><img src="http://www.gestao.mt.gov.br/img/assinatura-seplag-branco.png" class="brasao_topo" style="height:2.5em;margin-top:-0.9em;" alt=""/></a> </div> <!-- Collect the nav links, forms, and other content for toggling --> <div class="collapse navbar-collapse" id="bs-example-navbar-collapse-1"> <ul class="nav navbar-nav navbar-right"> <li class="hidden"> <a title="topo da página" class="page-scroll" href="http://www.apmt.mt.gov.br/homepage/index#page-top"> ;</a> </li> <li> <a title="institucional" class="page-scroll " data-grupo="Principal" href="http://www.apmt.mt.gov.br/homepage/lista/menu/institucional">Institucional</a> </li> <li> <a title="Acervo" class="page-scroll " data-grupo="Principal" href="http://www.apmt.mt.gov.br/homepage/lista/menu/Acervo">Acervo</a> </li> <li> <a title="gestao-de-documentos" class="page-scroll " data-grupo="Principal" href="http://www.apmt.mt.gov.br/homepage/lista/menu/gestao-de-documentos">Gestão de Documentos</a> </li> <li> <a title="difusao" class="page-scroll " data-grupo="Principal" href="http://www.apmt.mt.gov.br/homepage/lista/menu/difusao">Difusão</a> </li> <li> <a title="legislacoes" class="page-scroll " data-grupo="Principal" href="http://www.apmt.mt.gov.br/homepage/lista/menu/legislacoes">Legislações</a> </li></ul> </div> <!-- /.navbar-collapse --> </div> <!-- /.container-fluid --> </nav>]]>
52 <![CDATA[<img src="http://www.gestao.mt.gov.br/img/assinatura-seplag-branco.png" class="brasao_topo" style="height:2.5em;margin-top:-0.9em;" alt=""/>]]>
83 <![CDATA[<section class="pagina_wraper bg-light-gray" style="background:url('http://www.apmt.mt.gov.br/assets/img/header-bg.jpg')no-repeat;background-size:100%;display:block;" > <div class="container"> <div class="row"> <div class="col-lg-8"> <div class="col-lg-12"> <!-- pagina --> <div class="panel panel-default"> <div class="panel-heading" style="background-color:#1A3D5B"> <div class="titulo_pag_h5"> <i class="fa fa-angle-down fa-fw"></i> jornal de hontem dezembro 2015 </div> </div> <!-- /.panel-heading --> <div class="panel-body"> <p> <u><a href="http://www.apmt.mt.gov.br/site/jornal-de-hontem">Edi&ccedil;&otilde;es Anteriores</a></u></p> <p align="center"> <strong>E Ela chegou!</strong></p> <p align="right"> PORTELA, Lauro</p> <p> ;</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Na madrugada de 8 para 9 de dezembro, subia o rio Cuiab&aacute; um vapor com uma not&iacute;cia inesperada: o Brasil se tornara uma Rep&uacute;blica. Tal not&iacute;cia se tornava ainda mais inusitada quando se observa que o anivers&aacute;rio de sua majestade imperial d. Pedro II fora comemorado, em Cuiab&aacute;. No dia 18 do m&ecirc;s anterior, o deputado da Assembleia Provincial C&iacute;cero S&aacute; &ldquo;&hellip; requereo que se nomeasse uma commiss&atilde;o de cinco membros para, em nome d&rsquo;Assembl&eacute;a, ser dirigida uma felicita&ccedil;&atilde;o a S. M. O Imperador, em demonstra&ccedil;&atilde;o de alta estima ao Augusto Monarcha, lamentando o triste acontecimento do dia 15 de Julho passado, e congratulando-se p&ocirc;r haver falhado t&atilde;o cobarde quanto criminoso attentado.&rdquo; (ARA&Uacute;JO, 1.&ordm; dez 1889, p. 3)</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; O atentado a que se refere o requerimento foi perpetrado pelo caixeiro portugu&ecirc;s Adriano Augusto do Vale, que, antes de disparar contra d. Pedro e errar o tiro na sa&iacute;da de um teatro, havia gritado &ldquo;Viva a Rep&uacute;blica!&rdquo; A data do atentado n&atilde;o foi &agrave; toa: um dia ap&oacute;s a celebra&ccedil;&atilde;o do centen&aacute;rio da Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa. A real motiva&ccedil;&atilde;o para o crime, no entanto, nunca foi esclarecida. Quatro meses depois, a monarquia cairia e o velho monarca passaria o resto de sua vida no ex&iacute;lio. &Eacute; interessante notar que o requerimento foi votado tr&ecirc;s dias ap&oacute;s o 15 de Novembro. &Agrave;quela altura, a fam&iacute;lia imperial j&aacute; navegava para a Europa. E a not&iacute;cia da derrubada do Imp&eacute;rio j&aacute; havia sido telegrafada para a prov&iacute;ncia do Rio Grande do Sul, de onde partiria, a vapor, para a distante prov&iacute;ncia mato-grossense, atrav&eacute;s da bacia platina, at&eacute; alcan&ccedil;ar Cuiab&aacute;.</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Al&eacute;m das felicita&ccedil;&otilde;es ao anivers&aacute;rio do imperador, os membros do Partido Liberal ofereceram na noite de 7 de dezembro, na casa do capit&atilde;o da Guarda Nacional Jo&atilde;o Baptista d&rsquo;Oliveira Sobrinho, um baile em homenagem ao grande vencedor das elei&ccedil;&otilde;es provinciais, o tamb&eacute;m capit&atilde;o Generoso Paes Leme de Souza Ponce. Um dia depois de nada valeria a vit&oacute;ria, pois os membros do Partido Conservador seriam mais r&aacute;pidos em compor com o general Ant&ocirc;nio Maria Coelho, novo governador nomeado pelo chefe do Governo Provis&oacute;rio Marechal Deodoro da Fonseca.</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; A ades&atilde;o ao novo regime pol&iacute;tico, pelo que se pode ler dos poucos fragmentos que nos restaram, foi imediata. O redator de &ldquo;A Gazeta&rdquo; Victal Baptista d&rsquo;Ara&uacute;jo era ele pr&oacute;prio declaradamente um republicano hist&oacute;rico (ou seja, de longa data). O &ldquo;Viva a Rep&uacute;blica!&rdquo; e a esperan&ccedil;a de transforma&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas estampados na capa do seu jornal do dia 12 de dezembro (tr&ecirc;s dias depois da chegada da not&iacute;cia) foi bastante sincero. Todavia, o n&uacute;mero de republicanos mato-grossenses era bastante diminuto. Os chefes pol&iacute;ticos que assumiram o controle da pol&iacute;tica local eram os membros monarquistas do Partido Liberal ou do Partido Conservador. Em outras palavras, os republicanos de ocasi&atilde;o eram, em sua esmagadora maioria, os monarquistas do dia anterior.</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Neste sentido, o apoio dado ao novo regime sujeitou-se sempre ao interesse nalguma coloca&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica. A vida pol&iacute;tica mato-grossense (como em outras prov&iacute;ncias) dependia das benesses das nomea&ccedil;&otilde;es a empregos p&uacute;blicos, como fez notar, em 1886, o naturalista americano Herbert H. Smith: &ldquo;&hellip; a popula&ccedil;&atilde;o lavra politica e vive do dinheiro que o estado paga. Um emprego, um empreguinho publico que seja, &eacute; o objecto de todas as luctas e de todos os calculos. Os dois partidos principais, o liberal e o conservador, se contrap&otilde;em reciprocamente como o propriet&aacute;rio e o que nada tem.&rdquo;</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Tal apoio interessado por parte do &ldquo;povo&rdquo; fica patente quando lemos o depoimento do pseud&ocirc;nimo P&eacute;rsio (publicado n&rsquo;O Estado de Matto-Grosso de 11 mar. 1894, p. 3-4) a respeito do ajuntamento &ldquo;popular&rdquo; logo ap&oacute;s a deposi&ccedil;&atilde;o do presidente Jos&eacute; Manuel Murtinho, em 1892, e da forma&ccedil;&atilde;o de uma junta governativa: &ldquo;&hellip; o povo soberano quase jogou a tapona, em palacio, por causa dos empregos; todos queri&atilde;o ser nomeados para os mais rendosos; e houve um momento em que o autor d&rsquo;estas linhas que, infelizmente, estava presente, fugiu apavorado ao ver, al&ccedil;ados, os nodosos e terriveis cacetes prestes a esborracharem queixos e narizes do descuidado pr&oacute;ximo.&rdquo; O &ldquo;povo&rdquo;, tal como durante o Imp&eacute;rio, era apenas aqueles interessados nos empregos p&uacute;blicos. Jos&eacute; Murilo de Carvalho chamou esta &ldquo;cidadania&rdquo; interessada nas benesses do Estado de &ldquo;estadania&rdquo;.</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; A este respeito, &eacute; seguro dizer que a Rep&uacute;blica n&atilde;o foi um movimento popular. O testemunho do republicano hist&oacute;rico Aristides Lobo, nas p&aacute;ginas d&rsquo;O Di&aacute;rio Popular sobre os eventos ocorridos no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, deixa uma pista importante: &ldquo;o povo assistiu a tudo bestializado.&rdquo; Essa aus&ecirc;ncia de povo na pol&iacute;tica mato-grossense pode ser constatada pelo baixo percentual de eleitores. Por exemplo, em 1895, votaram apenas 3,5% de um total de 92.827 habitantes. Devemos considerar que menores de 21 anos, os mendigos, os militares de baixa patente, as mulheres e os analfabetos estavam exclu&iacute;dos do direito de votar.</p> <p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Finalmente, a Rep&uacute;blica n&atilde;o representou a grande transforma&ccedil;&atilde;o prometida. Em Mato Grosso, &agrave; chegada da Rep&uacute;blica seguiram-se clivagens na pol&iacute;tica, batalhas militares, o assassinato de um presidente de estado, duas duplicidades da Assembleia Legislativa, uma tentativa de golpe de estado, duas interven&ccedil;&otilde;es federais e toda sorte de fraudes e manipula&ccedil;&otilde;es eleitorais. Todos estes fatos n&atilde;o significam que o per&iacute;odo mon&aacute;rquico tenha sido melhor. Com exce&ccedil;&atilde;o das batalhas militares e do assassinato pol&iacute;tico, o Brasil Imp&eacute;rio estava longe de ser um per&iacute;odo de paz e progresso. Como escreveu o memorialista H&eacute;lio Silva: &ldquo;Foi dif&iacute;cil fazer a Rep&uacute;blica sem republicanos. Tornou-se imposs&iacute;vel realizar a revolu&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de contra-revolucion&aacute;rios&hellip; Da&iacute; as decep&ccedil;&otilde;es precoces, os desencantamentos prematuros, as frases marcantes em que Saldanha Marinho confessa que &lsquo;n&atilde;o era essa Rep&uacute;blica de seus sonhos&rsquo;, e tantos outros revolucion&aacute;rios manifestaram a impot&ecirc;ncia de usar os homens, que atravessaram o caminho, para realizarem o programa por que se haviam batido.&rdquo;</p> <p> ;</p> <p> <strong>Jornais:</strong></p> <p> <a href="http://www2.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/cce30-(capa)-araujo,-victal-de.-a-gazeta,-cuiaba,-12-dez.-1889,-p.-1.pdf">A Gazeta, Cuiab&aacute;, 12 de dezembro de 1889, n. 3, ano 2. (Capa)</a></p> <p> <a href="http://www2.apmt.mt.gov.br/assets/uploads/files/cf5bc-a-gazeta,-1-dez.-1889.pdf">A Gazeta, Cuiab&aacute;, 1.&ordm; de dezembro de 1889, n. 1, ano 2.</a></p> <p> ;</p> <p> <a href="http://www.apmt.mt.gov.br/site/para-saber-mais-jornal-de-hontem-dezembro-2015"><strong>Para saber mais</strong></a></p> </div> <!-- /.panel-body --> </div> <!-- fim pagina --> <!-- galeria --> <!-- fim galeria --> </div> </div> <div class="col-lg-4"> <div class="col-lg-12 pagina-menu"> <div class="panel panel-default"> <div class="panel-heading"> <div class="titulo_pag_h5"> Conectado <i class="fa fa-angle-double-right fa-arrows"></i> </div> </div> <!-- /.panel-heading --> <div class="conexo panel-body"> <i>Nada por enquanto...</i> </div> <!-- /.panel-body --> </div> </div> </div> </div> </div> </section>]]>
93 <![CDATA[<div class="panel-heading" style="background-color:#1A3D5B"> <div class="titulo_pag_h5"> <i class="fa fa-angle-down fa-fw"></i> jornal de hontem dezembro 2015 </div> </div>]]>
107 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Na madrugada de 8 para 9 de dezembro, subia o rio Cuiab&aacute; um vapor com uma not&iacute;cia inesperada: o Brasil se tornara uma Rep&uacute;blica. Tal not&iacute;cia se tornava ainda mais inusitada quando se observa que o anivers&aacute;rio de sua majestade imperial d. Pedro II fora comemorado, em Cuiab&aacute;. No dia 18 do m&ecirc;s anterior, o deputado da Assembleia Provincial C&iacute;cero S&aacute; &ldquo;&hellip; requereo que se nomeasse uma commiss&atilde;o de cinco membros para, em nome d&rsquo;Assembl&eacute;a, ser dirigida uma felicita&ccedil;&atilde;o a S. M. O Imperador, em demonstra&ccedil;&atilde;o de alta estima ao Augusto Monarcha, lamentando o triste acontecimento do dia 15 de Julho passado, e congratulando-se p&ocirc;r haver falhado t&atilde;o cobarde quanto criminoso attentado.&rdquo; (ARA&Uacute;JO, 1.&ordm; dez 1889, p. 3)</p>]]>
109 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; O atentado a que se refere o requerimento foi perpetrado pelo caixeiro portugu&ecirc;s Adriano Augusto do Vale, que, antes de disparar contra d. Pedro e errar o tiro na sa&iacute;da de um teatro, havia gritado &ldquo;Viva a Rep&uacute;blica!&rdquo; A data do atentado n&atilde;o foi &agrave; toa: um dia ap&oacute;s a celebra&ccedil;&atilde;o do centen&aacute;rio da Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa. A real motiva&ccedil;&atilde;o para o crime, no entanto, nunca foi esclarecida. Quatro meses depois, a monarquia cairia e o velho monarca passaria o resto de sua vida no ex&iacute;lio. &Eacute; interessante notar que o requerimento foi votado tr&ecirc;s dias ap&oacute;s o 15 de Novembro. &Agrave;quela altura, a fam&iacute;lia imperial j&aacute; navegava para a Europa. E a not&iacute;cia da derrubada do Imp&eacute;rio j&aacute; havia sido telegrafada para a prov&iacute;ncia do Rio Grande do Sul, de onde partiria, a vapor, para a distante prov&iacute;ncia mato-grossense, atrav&eacute;s da bacia platina, at&eacute; alcan&ccedil;ar Cuiab&aacute;.</p>]]>
111 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Al&eacute;m das felicita&ccedil;&otilde;es ao anivers&aacute;rio do imperador, os membros do Partido Liberal ofereceram na noite de 7 de dezembro, na casa do capit&atilde;o da Guarda Nacional Jo&atilde;o Baptista d&rsquo;Oliveira Sobrinho, um baile em homenagem ao grande vencedor das elei&ccedil;&otilde;es provinciais, o tamb&eacute;m capit&atilde;o Generoso Paes Leme de Souza Ponce. Um dia depois de nada valeria a vit&oacute;ria, pois os membros do Partido Conservador seriam mais r&aacute;pidos em compor com o general Ant&ocirc;nio Maria Coelho, novo governador nomeado pelo chefe do Governo Provis&oacute;rio Marechal Deodoro da Fonseca.</p>]]>
113 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; A ades&atilde;o ao novo regime pol&iacute;tico, pelo que se pode ler dos poucos fragmentos que nos restaram, foi imediata. O redator de &ldquo;A Gazeta&rdquo; Victal Baptista d&rsquo;Ara&uacute;jo era ele pr&oacute;prio declaradamente um republicano hist&oacute;rico (ou seja, de longa data). O &ldquo;Viva a Rep&uacute;blica!&rdquo; e a esperan&ccedil;a de transforma&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas estampados na capa do seu jornal do dia 12 de dezembro (tr&ecirc;s dias depois da chegada da not&iacute;cia) foi bastante sincero. Todavia, o n&uacute;mero de republicanos mato-grossenses era bastante diminuto. Os chefes pol&iacute;ticos que assumiram o controle da pol&iacute;tica local eram os membros monarquistas do Partido Liberal ou do Partido Conservador. Em outras palavras, os republicanos de ocasi&atilde;o eram, em sua esmagadora maioria, os monarquistas do dia anterior.</p>]]>
115 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Neste sentido, o apoio dado ao novo regime sujeitou-se sempre ao interesse nalguma coloca&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica. A vida pol&iacute;tica mato-grossense (como em outras prov&iacute;ncias) dependia das benesses das nomea&ccedil;&otilde;es a empregos p&uacute;blicos, como fez notar, em 1886, o naturalista americano Herbert H. Smith: &ldquo;&hellip; a popula&ccedil;&atilde;o lavra politica e vive do dinheiro que o estado paga. Um emprego, um empreguinho publico que seja, &eacute; o objecto de todas as luctas e de todos os calculos. Os dois partidos principais, o liberal e o conservador, se contrap&otilde;em reciprocamente como o propriet&aacute;rio e o que nada tem.&rdquo;</p>]]>
117 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Tal apoio interessado por parte do &ldquo;povo&rdquo; fica patente quando lemos o depoimento do pseud&ocirc;nimo P&eacute;rsio (publicado n&rsquo;O Estado de Matto-Grosso de 11 mar. 1894, p. 3-4) a respeito do ajuntamento &ldquo;popular&rdquo; logo ap&oacute;s a deposi&ccedil;&atilde;o do presidente Jos&eacute; Manuel Murtinho, em 1892, e da forma&ccedil;&atilde;o de uma junta governativa: &ldquo;&hellip; o povo soberano quase jogou a tapona, em palacio, por causa dos empregos; todos queri&atilde;o ser nomeados para os mais rendosos; e houve um momento em que o autor d&rsquo;estas linhas que, infelizmente, estava presente, fugiu apavorado ao ver, al&ccedil;ados, os nodosos e terriveis cacetes prestes a esborracharem queixos e narizes do descuidado pr&oacute;ximo.&rdquo; O &ldquo;povo&rdquo;, tal como durante o Imp&eacute;rio, era apenas aqueles interessados nos empregos p&uacute;blicos. Jos&eacute; Murilo de Carvalho chamou esta &ldquo;cidadania&rdquo; interessada nas benesses do Estado de &ldquo;estadania&rdquo;.</p>]]>
119 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; A este respeito, &eacute; seguro dizer que a Rep&uacute;blica n&atilde;o foi um movimento popular. O testemunho do republicano hist&oacute;rico Aristides Lobo, nas p&aacute;ginas d&rsquo;O Di&aacute;rio Popular sobre os eventos ocorridos no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, deixa uma pista importante: &ldquo;o povo assistiu a tudo bestializado.&rdquo; Essa aus&ecirc;ncia de povo na pol&iacute;tica mato-grossense pode ser constatada pelo baixo percentual de eleitores. Por exemplo, em 1895, votaram apenas 3,5% de um total de 92.827 habitantes. Devemos considerar que menores de 21 anos, os mendigos, os militares de baixa patente, as mulheres e os analfabetos estavam exclu&iacute;dos do direito de votar.</p>]]>
121 <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; ; Finalmente, a Rep&uacute;blica n&atilde;o representou a grande transforma&ccedil;&atilde;o prometida. Em Mato Grosso, &agrave; chegada da Rep&uacute;blica seguiram-se clivagens na pol&iacute;tica, batalhas militares, o assassinato de um presidente de estado, duas duplicidades da Assembleia Legislativa, uma tentativa de golpe de estado, duas interven&ccedil;&otilde;es federais e toda sorte de fraudes e manipula&ccedil;&otilde;es eleitorais. Todos estes fatos n&atilde;o significam que o per&iacute;odo mon&aacute;rquico tenha sido melhor. Com exce&ccedil;&atilde;o das batalhas militares e do assassinato pol&iacute;tico, o Brasil Imp&eacute;rio estava longe de ser um per&iacute;odo de paz e progresso. Como escreveu o memorialista H&eacute;lio Silva: &ldquo;Foi dif&iacute;cil fazer a Rep&uacute;blica sem republicanos. Tornou-se imposs&iacute;vel realizar a revolu&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de contra-revolucion&aacute;rios&hellip; Da&iacute; as decep&ccedil;&otilde;es precoces, os desencantamentos prematuros, as frases marcantes em que Saldanha Marinho confessa que &lsquo;n&atilde;o era essa Rep&uacute;blica de seus sonhos&rsquo;, e tantos outros revolucion&aacute;rios manifestaram a impot&ecirc;ncia de usar os homens, que atravessaram o caminho, para realizarem o programa por que se haviam batido.&rdquo;</p>]]>
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