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www.apmt.mt.gov.br/cuiaba300/textos/view/21

75.86 56 59
Recomendações Avaliadas
3.11 Garantir a leitura e compreensão das informações.

Recomendações

Número Descrição Quantidade Linhas Código Fonte
3.11.2 Presença de parágrafos justificados 17 172 174 176 178 180 182 184 186 188 190 192 194 196 198 200 202 204
172 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Por Lauro Portela e Angelo Carlini</strong></p>]]>
174 <![CDATA[<p style="text-align:justify">O processo de constitui&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea urbana de Cuiab&aacute; se d&aacute; em torno da atividade de minera&ccedil;&atilde;o. Foi da descoberta de ouro no c&oacute;rrego da Prainha, o <em>ikui&ecirc;bo</em> (c&oacute;rrego das estrelas) para os povos Bo&eacute;, em 1722, que a coloniza&ccedil;&atilde;o se tornou poss&iacute;vel. As extra&ccedil;&otilde;es do ouro de aluvi&atilde;o se concentraram no p&eacute; do Morro do Ros&aacute;rio, onde hoje est&aacute; a Igreja do Ros&aacute;rio, no chamado &ldquo;tanque do Arnesto&rdquo;.</p>]]>
176 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Primeiro um pequeno arraial, cuja concentra&ccedil;&atilde;o populacional se direcionou mais para a margem direita do pequeno ribeir&atilde;o, que para a esquerda. &Eacute; prov&aacute;vel que a geografia da regi&atilde;o explique essa predile&ccedil;&atilde;o. &Agrave; direita h&aacute; uma eleva&ccedil;&atilde;o suave de terreno; enquanto que, &agrave; esquerda, o &acirc;ngulo mais abrupto dos morros do Ros&aacute;rio, Ant&ocirc;nio Pires de Campos (antigo &ldquo;Lavras do Sutil&rdquo;) e do Semin&aacute;rio (onde est&aacute; a atual Igreja do Bom Despacho).</p>]]>
178 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Assim, avan&ccedil;ando a partir da margem direita, em local alto com a frente voltada para a Prainha e entre dois afluentes &ndash; um na atual Generoso Ponce e Pra&ccedil;a Ipiranga (antiga Marques de Aracaty), chamado Cruz das Almas e tamb&eacute;m Cacimba de Soldados (na altura da atual Pra&ccedil;a &ldquo;Rachid Jaudy&rdquo;); outro, ribeiro da Mandioca, na atual Volunt&aacute;rios da P&aacute;tria (anteriormente Travessa da Alegria) &ndash; foi erguida a Igreja do Bom Jesus, em fins de 1722, por obra de Jacinto Barbosa Lopes.</p>]]>
180 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Do templo, como ponto de refer&ecirc;ncia: a Rua de Cima (atual Rua &ldquo;Pedro Celestino&rdquo;), onde ficava o Largo Real (atual Pra&ccedil;a &ldquo;Alencastro&rdquo;); Rua Formosa (atual Rua &ldquo;Joaquim Murtinho&rdquo;); Rua da Matriz ou da S&eacute; (atual Rua &ldquo;Ant&ocirc;nio Maria&rdquo;) e, a Rua de Baixo (atual Cal&ccedil;ad&atilde;o da Rua &ldquo;Professor Galdino Pimentel&rdquo;), em cuja bifurca&ccedil;&atilde;o, antiga Rua do Orat&oacute;rio (atual &ldquo;7 de Setembro&rdquo;), foi erigida a Igreja Senhor dos Passos; al&eacute;m da Rua Nova do Meio (hoje Cal&ccedil;ad&atilde;o da Rua &ldquo;Engenheiro Ricardo Franco&rdquo;); a Rua Nova de Cima (depois Rua Linda do Campo, ou apenas Rua do Campo, hoje, Rua &ldquo;Bar&atilde;o de Melga&ccedil;o&rdquo;).</p>]]>
182 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Em 1723, o arraial &eacute; elevado a freguesia (uma comarca eclesi&aacute;stica), e a Igreja se torna Matriz. No seu adro, ou Largo da Matriz (atual Pra&ccedil;a da Rep&uacute;blica), ser&atilde;o constru&iacute;das: a primeira Cadeia, depois a Casa-da-C&acirc;mara e Cadeia, a casa de resid&ecirc;ncia do governador de S&atilde;o Paulo Rodrigo C&eacute;sar de Meneses (que veio para fundar a Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiab&aacute;, em 1727, e, consequentemente, instalar o Pelourinho), a casa do Ouvidor (no terreno onde est&aacute; a sede dos Correios e Tel&eacute;grafos, que, em fins do s&eacute;culo XIX e in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, abrigou o Liceu Cuiabano). Da Rua dos Ara&eacute;s para cima, salpicavam as casas da popula&ccedil;&atilde;o. Por volta de 1810, nesta regi&atilde;o foi constru&iacute;da a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, obra de uma irmandade de homens pardos. &Agrave; beira do Prainha, o Largo &ldquo;Cruz das Almas&rdquo; (nome devido &agrave;s execu&ccedil;&otilde;es por enforcamento dos condenados pela justi&ccedil;a, que ali ocorriam e que tamb&eacute;m nomeou o c&oacute;rrego que ali desaguava) recebia as mon&ccedil;&otilde;es que subiam a Prainha, na &eacute;poca das cheias, se constituindo como um dos primeiros locais de feira livre da vila devido a esta facilidade de acesso. Este Largo, no s&eacute;culo XIX, passou a se chamar &ldquo;Pra&ccedil;a Marqu&ecirc;s de Aracaty&rdquo; e, mais tarde &ldquo;Pra&ccedil;a Ipiranga&rdquo;. O aterramento do &ldquo;Cruz das Almas&rdquo; e a redu&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas da Prainha, permitem o ajardinamento do Largo. A feira passa a ser realizada num pr&eacute;dio em seu entorno (que depois funcionar&aacute;, no s&eacute;c. XIX, como quartel da Guarda Nacional, depois Enfermaria, Liceu Cuiabano, Quartel da For&ccedil;a P&uacute;blica, j&aacute; fins deste s&eacute;culo; Imprensa Oficial, em meados do s&eacute;c. XX, e, atualmente, &eacute; o &ldquo;Ganha Tempo&rdquo;). Em 1882, o governo provincial mandou instalar chafarizes em diversas pra&ccedil;as da capital, dentre elas, a Pra&ccedil;a Ipiranga, e, em 1930, ela recebe o coreto at&eacute; ent&atilde;o instalado na Pra&ccedil;a Alencastro.</p>]]>
184 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Na margem esquerda, a Capela, depois Igreja do Ros&aacute;rio, e a Capela dedicada &agrave; Nossa Senhora do Bom Despacho, ambas no topo dos morrinhos. Nas fraldas, entre um e outro, o Mund&eacute;u, que tamb&eacute;m nomeava um bairro, e um Quartel. S&oacute; no s&eacute;culo XIX, em 1816, o Hospital &ldquo;S&atilde;o Jo&atilde;o dos L&aacute;zaros&rdquo; (no bairro Ara&eacute;s), em 1819, seria constru&iacute;da a Santa Casa de Miseric&oacute;rdia e, em 1858, o Semin&aacute;rio da Concei&ccedil;&atilde;o.</p>]]>
186 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Ligavam uma margem a outra as pontes do &ldquo;A&ccedil;ougue&rdquo;, do &ldquo;Ros&aacute;rio&rdquo; e do &ldquo;Mund&eacute;u&rdquo;. At&eacute; a cobertura do c&oacute;rrego, conclu&iacute;da no in&iacute;cio dos anos 1980, pontes continuariam fazendo essa liga&ccedil;&atilde;o vi&aacute;ria. Os dois distritos origin&aacute;rios se comunicavam pelos &ldquo;Caminhos do Porto&rdquo;, hoje as Ruas &ldquo;13 de Junho&rdquo; e a &ldquo;XV de Novembro&rdquo;. A Vila Real se ligou sempre ao mundo via fluvial, cuja porta de entrada era o Porto, primeiramente via rota das mon&ccedil;&otilde;es (depois via linhas de navega&ccedil;&atilde;o na bacia Platina, alcan&ccedil;ando Corumb&aacute;, Assun&ccedil;&atilde;o, Buenos Aires e Montevid&eacute;u antes do acesso ao Atl&acirc;ntico), e, a partir de 1737, o Caminho de Goi&aacute;s, cujo tra&ccedil;ado foi sobreposto pela BR-070, de onde chegou a p&eacute; o gado vindo da Bahia.</p>]]>
188 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Este n&uacute;cleo original de espacializa&ccedil;&atilde;o colonial foi fundamental tanto como &ldquo;antemural&rdquo; das col&ocirc;nias portuguesas na Am&eacute;rica, quanto como para constitui&ccedil;&atilde;o do que viria ser o territ&oacute;rio da Capitania de Mato Grosso (atuais Mato Grosso, Rond&ocirc;nia e Mato Grosso do Sul), criada em maio de 1748.</p>]]>
190 <![CDATA[<p style="text-align:justify"> ;</p>]]>
192 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Refer&ecirc;ncias</strong></p>]]>
194 <![CDATA[<p style="text-align:justify">MEIRA, Soely Maria de. <em>Patrim&ocirc;nio e Escola:</em> o Centro Hist&oacute;rico de Cuiab&aacute; e as pr&aacute;ticas educativas no ensino de hist&oacute;ria. 2018, 166f. Disserta&ccedil;&atilde;o (Mestrado Profissional em Ensino de Hist&oacute;ria em Rede Nacional) &ndash; Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o Profissional em Ensino de Hist&oacute;ria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiab&aacute;.</p>]]>
196 <![CDATA[<p style="text-align:justify">PRESOTTI, Thereza Martha Borges. <em>Nas trilhas das &aacute;guas. &Iacute;ndios e Natureza na conquista colonial do centro da Am&eacute;rica do Sul:</em> Sert&otilde;es e Minas do Cuiab&aacute; e Mato Grosso (s&eacute;culo XVIII). 2008, 270f. Tese (Doutorado em Hist&oacute;ria) &ndash; Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Hist&oacute;ria, Departamento de Hist&oacute;ria da Universidade de Bras&iacute;lia (UnB), Bras&iacute;lia.</p>]]>
198 <![CDATA[<p style="text-align:justify">ROCHA, Maria Aparecida Borges de Barros. <em>Atitudes diante da morte em Cuiab&aacute; &ndash; 1860 a 1926:</em> A guerra, a doen&ccedil;a e a seculariza&ccedil;&atilde;o dos cemit&eacute;rios da cidade. 2013, 285f. Tese (Doutorado em Hist&oacute;ria) - Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Hist&oacute;ria da Universidade Federal de Goi&aacute;s (UFG), Goi&acirc;nia.</p>]]>
200 <![CDATA[<p style="text-align:justify">ROSA. Carlos Alberto. O urbano colonial na terra da conquista. In ROSA, Carlos Alberto Rosa &amp; JESUS, Nauk Maria de (orgs.). <em>A terra da conquista</em> - Hist&oacute;ria de Mato Grosso colonial. Cuiab&aacute;, Ed. Adriane, 2003, p. 11-64.</p>]]>
202 <![CDATA[<p style="text-align:justify">SIQUEIRA, Elizabeth Madureira<em>. Hist&oacute;ria de Mato Grosso:</em> Da ancestralidade aos dias atuais. Cuiab&aacute;: Entrelinhas, 2002.</p>]]>
204 <![CDATA[<p style="text-align:justify">VOLPATO, Luiza Rios Ricci. <em>A conquista da terra no universo da pobreza:</em> forma&ccedil;&atilde;o da fronteira oeste do Brasil (1719-1819). S&atilde;o Paulo: Hucitec, 1987.</p>]]>