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Lista com todos os sítios que foram verificados pela TIC Web Acessibilidade. Dentro de cada domínio, há informações detalhadas sobre as páginas coletadas, bem como os erros e avisos de cada uma *.

Endereço Nota Erros Avisos

www.apmt.mt.gov.br/cuiaba300/regioes/view/6

75.31 43 36
Recomendações Avaliadas
3.11 Garantir a leitura e compreensão das informações.

Recomendações

Número Descrição Quantidade Linhas Código Fonte
3.11.2 Presença de parágrafos justificados 12 172 174 176 178 180 182 184 186 188 190 192 194
172 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Por Lauro Portela</strong></p>]]>
174 <![CDATA[<p style="text-align:justify">A expans&atilde;o da mancha urbana de Cuiab&aacute; come&ccedil;ou em torno do c&oacute;rrego da Prainha, ainda no s&eacute;culo XVIII. At&eacute; o s&eacute;culo XIX, o crescimento da cidade se deu no sentido do Porto Geral: a principal porta de entrada e sa&iacute;da da cidade. Havia outra rota: o Caminho terrestre de Goi&aacute;s (atual BR-070) que se comunicava com Meia-Ponte (atual Piren&oacute;polis-GO) e ent&atilde;o com o restante das col&ocirc;nias portuguesas na Am&eacute;rica. Ao longo do s&eacute;culo XIX e primeira metade do s&eacute;culo XX a principal rota de acesso at&eacute; Cuiab&aacute; se manteve fluvial, mesmo com a &ldquo;facilidade&rdquo; que o transporte a&eacute;reo trouxe a partir dos anos 1920. Da&iacute; a import&acirc;ncia do Porto para a vida econ&ocirc;mica da cidade.</p>]]>
176 <![CDATA[<p style="text-align:justify">A partir dos anos 1960, as ocupa&ccedil;&otilde;es das terras amaz&ocirc;nicas, no norte de Mato Grosso, atrav&eacute;s de projetos de coloniza&ccedil;&atilde;o tornaram Cuiab&aacute; em eixo rodovi&aacute;rio do movimento migrat&oacute;rio. Passaram a cortar a cidade as rodovias federais BR-364, BR-163 e BR-070. Esta posi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era novidade, pois durante a &ldquo;Marcha para o Oeste&rdquo; Cuiab&aacute; foi tida como o &ldquo;Portal da Amaz&ocirc;nia&rdquo;. A diferen&ccedil;a &eacute; que o territ&oacute;rio amaz&ocirc;nico, que antes era desbravado (atrav&eacute;s de expedi&ccedil;&otilde;es, tais como a &ldquo;Roncador-Xingu&rdquo;), passou a sofrer pol&iacute;ticas de ocupa&ccedil;&atilde;o. Para receber este fluxo havia um terminal rodovi&aacute;rio inaugurado no in&iacute;cio dos anos 1950. Mas rapidamente se tornou ineficaz, embora tenha sido constru&iacute;da no final da rua &ldquo;Miranda Reis&rdquo;, cabeceira da Avenida Fernando Corr&ecirc;a da Costa (trecho urbano das rodovias federais). A d&eacute;cada de 1960 &eacute; tamb&eacute;m o &aacute;pice do processo de crescimento demogr&aacute;fico (de 56.867 habitantes, em 1950, para 57.860, em 1960, 103.427, em 1970, e, 219.477, em 1980, segundo os respectivos Censos Demogr&aacute;ficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica, IBGE).</p>]]>
178 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Outra quest&atilde;o preocupava as autoridades: a intensifica&ccedil;&atilde;o do tr&aacute;fego no centro e adjac&ecirc;ncias da capital. O fluxo de ve&iacute;culos pesados se tornava cada vez mais impratic&aacute;vel. Assim, se, por um lado, o planejamento urbano implicou em deslocar reparti&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas para uma nova &aacute;rea no atual Centro Pol&iacute;tico Administrativo (CPA), e, consequentemente, novos bairros e com&eacute;rcio; por outro, era for&ccedil;oso retirar o tr&aacute;fego de ve&iacute;culos pesados da regi&atilde;o central da cidade fazendo-o fluir pela Avenida Perimetral (a Avenida Miguel Sutil). Por isso, a constru&ccedil;&atilde;o de uma nova Esta&ccedil;&atilde;o Rodovi&aacute;ria deveria satisfazer estas necessidades de harmoniza&ccedil;&atilde;o entre acesso de &ocirc;nibus e passageiros.</p>]]>
180 <![CDATA[<p style="text-align:justify">O local escolhido foi uma colina ao norte do primeiro n&uacute;cleo urbano de Cuiab&aacute;. Ali, em suas fraldas, nascem os c&oacute;rregos que alimentam o rio Cuiab&aacute;: o da Prainha, que atravessa todo o centro at&eacute; desaguar no Porto; o do Barbado, que desagua no bairro do Praeirinho; e o Quarta-Feira, que forma o Ribeir&atilde;o do Lipa, desaguando pr&oacute;ximo &agrave; Esta&ccedil;&atilde;o Elevat&oacute;ria de &Aacute;gua, na Passagem da SANEMAT. Havia um por&eacute;m: a regi&atilde;o estava ocupada com dois assentamentos irregulares no entorno do c&oacute;rrego Quarta-Feira: o Quarta-Feira de Cima e o Quarta-Feira de Baixo. Esta ocupa&ccedil;&atilde;o cresceu ao longo da d&eacute;cada de 1960 com por pessoas oriundas das regi&otilde;es rurais da chamada &ldquo;Baixada Cuiabana&rdquo;. Pr&oacute;xima a uma nascente, a &aacute;rea cresceu sobremaneira e se tornou um ponto de tens&atilde;o na luta pelo solo urbano. O Departamento de Obras P&uacute;blicas tinha interesse na remo&ccedil;&atilde;o daquelas casas clandestinas. A necessidade de um novo terminal rodovi&aacute;rio veio a calhar, neste sentido.</p>]]>
182 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Em 1976, n&atilde;o sem o protesto e mobiliza&ccedil;&atilde;o dos moradores, o Quarta-Feira de Cima foi desocupado. O Quarta-Feira de Baixo continuou a existir como parte do bairro Alvorada. A nova rodovi&aacute;ria pode, ent&atilde;o, ser constru&iacute;da. O projeto foi assinado pelos arquitetos Moacyr Freitas, Paulo Mendes da Rocha, Erc&iacute;lio G. de Souza e Newton Arakawa. &Agrave; empresa mineira Andrade Gutierrez coube a execu&ccedil;&atilde;o do projeto, a partir de 1977. Em 1979, o Terminal Rodovi&aacute;rio &ldquo;C&aacute;ssio Veiga de S&aacute;&rdquo; foi inaugurado.</p>]]>
184 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Em termos de n&uacute;meros, o novo equipamento comporta at&eacute; 1400 partidas de &ocirc;nibus/dia, 21.000m&sup2; de &aacute;rea constru&iacute;da sobre 12.935m&sup2; de &aacute;rea ocupada; a &aacute;rea destinada a embarque abrange 2.100m&sup2;, e 1.000m&sup2; destinam-se ao desembarque. Sua estrutura f&iacute;sica facilita acesso e locais de espera, al&eacute;m de proporcionar conforto t&eacute;rmico &ndash; essencial numa cidade quente como Cuiab&aacute;; al&eacute;m disso, os v&atilde;os entre os n&iacute;veis, acessados por rampas que lembram bra&ccedil;os abertos, permitem uma vista privilegiada da cidade devido &agrave; localiza&ccedil;&atilde;o. A esta&ccedil;&atilde;o rodovi&aacute;ria foi concebida e funcionou por muito tempo como local de encontro e sociabilidade. Por isso n&atilde;o &eacute; de se estranhar que, em dezembro de 1979, os governadores Jos&eacute; Garcia Neto, de Mato Grosso, e Marcelo Miranda Soares, de Mato Grosso do Sul, almocem num dos restaurantes existentes no terminal rodovi&aacute;rio.</p>]]>
186 <![CDATA[<p style="text-align:justify">Finalmente, embora se imponha por sua monumentalidade e modernidade, &eacute; flagrante o contraste entre o projetado e o desuso atual de setores inteiros, devido &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de usu&aacute;rios. Em seu entorno, n&atilde;o se concretizou a instala&ccedil;&atilde;o do &ldquo;Conjunto Tur&iacute;stico Comercial e de Servi&ccedil;os da &Aacute;rea do Terminal Rodovi&aacute;rio de Cuiab&aacute;&rdquo;, embora toda estrutura vi&aacute;ria de acesso tenha sido constru&iacute;da.</p>]]>
188 <![CDATA[<p style="text-align:justify"> ;</p>]]>
190 <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Refer&ecirc;ncias:</strong></p>]]>
192 <![CDATA[<p style="text-align:justify">CARVALHO, Jucineth G. E.S. V de. <em>Origens e ocupa&ccedil;&atilde;o do Loteamento Quarta-Feira:</em> um estudo sobre a sua relev&acirc;ncia no contexto da urbaniza&ccedil;&atilde;o de Cuiab&aacute; (1968-1990). Dispon&iacute;vel em Acesso em 11 fev. 2019.</p>]]>
194 <![CDATA[<p style="text-align:justify">CASTOR, Ricardo Silveira. <em>Arquitetura Moderna em Mato Grosso:</em> di&aacute;logos, contrastes e conflitos. 2013, 456 f. Tese (Doutorado em Hist&oacute;ria e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo) &ndash; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S&atilde;o Paulo, S&atilde;o Paulo.</p>]]>