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| <![CDATA[<P align=justify>Nenhum dos 40 alunos do Centro Educacional 4 de Sobradinho II, em Brasília, é menor e mais franzino que Josimar, de 20 anos. Ele vira um “gigante”, porém, ao levar para a sala de aula conhecimentos muito diferentes das aulas de matemática, biologia ou outra disciplina. “No decorrer de suas vidas vocês encontrarão muitos obstáculos. Seja como for, nunca deixem que alguém desqualifique seus sonhos ou vocês”, aconselha.</P>]]>
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| <![CDATA[<P align=justify><IMG title="Josimar, bolsista do ProUni, que faz psicologia na Universidade Católica de Brasília, desenvolve um projeto na escola onde fez o ensino médio para estimular os alunos a ver a universidade como uma possibilidade para todos" height=117 alt="Josimar, bolsista do ProUni, que faz psicologia na Universidade Católica de Brasília, desenvolve um projeto na escola onde fez o ensino médio para estimular os alunos a ver a universidade como uma possibilidade para todos. (Foto: Wanderley Pessoa)" hspace=8 src="/img/2007/josimar_prouni.jpg" width=177 align=left mce_src="img/2007/josimar_prouni.jpg">O sobrenome de Josimar — Antônio de Alcântara Mendes — remete à nobreza. Sua realidade, entretanto, é típica da população dos lugares menos favorecidos do Brasil. Até hoje nenhum membro de sua família havia chegado ao ensino médio. O irmão mais velho, de 25 anos, é analfabeto e a irmã, de 24, cursou apenas o ensino fundamental. O histórico de baixa escolarização da família foi interrompido por Josimar, que é bolsista do Programa Universidade para Todos (ProUni) e está cursando o quarto semestre de psicologia na Universidade Católica de Brasília. </P>]]>
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| <![CDATA[<P align=justify>Logo depois de entrar na universidade, Josimar olhou para trás e percebeu que a escola onde cursou o ensino médio, o Centro Educacional 4, não tinha o preparo necessário para incentivar os alunos a continuar os estudos. Foi então que ele se uniu à colega Débora Pereira Machado e montou um projeto pedagógico para que os alunos compreendessem a importância da educação. Há dois anos, o projeto <EM>E o futuro?</EM> apresenta a 120 alunos do último ano do ensino médio as oportunidades de ingresso na universidade, seja pelo vestibular, pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS) ou pelo ProUni. </P>]]>
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| <![CDATA[<P align=justify>“No primeiro dia de aula eu pergunto aos alunos se eles sabem o que é o vestibular e muitos não sabem”, conta Josimar. É o caso de Charlene Silva, 19 anos, que nunca tinha ouvido falar do PAS ou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) antes das palestras de Josimar e Débora. “Eu nem tinha pensado na possibilidade de entrar na universidade”, conta. A vice-diretora da escola, Maria da Paz, diz que os alunos se interessam mais pelas disciplinas depois que o projeto passou a ser desenvolvido na escola. “O número de inscritos no Enem e no PAS dobrou”, certifica.</P>]]>
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| <![CDATA[<P align=justify><STRONG>Auto-estima</STRONG> — “Um bom futuro é o que jamais me esperou, mas vou até o fim”. O trecho da música <EM>Até o Fim</EM>, de Chico Buarque, foi usada como exemplo de postura por Josimar. Para ele, o maior problema que os alunos de escolas públicas enfrentam é a baixa auto-estima. “Eles pensam que os bons estão nas escolas particulares e que eles não têm chances de concluir o ensino superior, mas isso não é verdade”, ressalta. “Eles acham que estudar não leva a nada, que não tem importância. Quero que eles saibam que pode ser diferente”, relata. Com ele foi. </P>]]>
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| <![CDATA[<P align=justify>Ana Guimarães</P>]]>
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