499
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Paulo%20R%20T%20Foto%20capa.jpg" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:left;height:379px;width:367px;" />O Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, berço das políticas de aids no Brasil, chega aos 33 anos nesta terça-feira (6). Criado por um grupo de técnicos da área da saúde liderado pelo médico Paulo Roberto Teixeira <strong>(foto)</strong>, o serviço, fundado em 1983, é pioneiro nas ações de combate à aids no Brasil e o primeiro a oferecer atendimento especializado às vítimas da doença.<br />
</p>]]>
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500
| <![CDATA[<img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Paulo%20R%20T%20Foto%20capa.jpg" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:left;height:379px;width:367px;" />]]>
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503
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;">Para o dr. Paulo Teixeira, hoje consultor sênior do Programa, nestes 33 anos de história três momentos são especialmente emocionantes: a precocidade da intervenção e a adoção de eixos éticos e políticos de defesa dos direitos para o enfrentamento da aids; a mobilização social que tem como grande característica a solidariedade; e o momento em que foi possível melhorar a qualidade de vida e a sobrevida das pessoas com HIV. <br />
</p>]]>
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506
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;">¿Esse último momento é muito especial, pois começamos a falar de viver com HIV e as pessoas infectadas realmente passaram a viver com o vírus. Hoje, estamos lidando com o envelhecimento delas.¿</p>]]>
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508
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Os primeiros passos</strong></p>]]>
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511
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Dr. Paulo, que também escreveu sobre o Programa Estadual de São Paulo no livro <a href="http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe/24169" target="_blank">¿Histórias da Aids no Brasil¿, junto com a socióloga Lindinalva Laurindo Teodorescu</a>, se entusiasma ao relembrar os acontecimentos desses 33 anos. No primeiro semestre de 1983, ele conta, foram confirmados os primeiros casos de aids do país. Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, já havia casos notificados. Isso provocou uma grande preocupação, principalmente entre os homossexuais, pois, nesta época, a doença afetava, quase que exclusivamente, essa população. </p>]]>
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514
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿Um grupo de ativistas do movimento LGBT de São Paulo procurou a Secretaria Estadual de Saúde, apresentou o problema e a pasta reconheceu que se tratava de uma questão importante, embora, até aquele momento, se soubesse apenas de quatro casos no Brasil¿, relembra Teixeira.</p>]]>
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517
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Esse grupo era formado por ex-militantes do Somos, considerado o primeiro movimento de defesa dos direitos LGBTs do país. Segundo o médico, o grupo havia se dissolvido pouco tempo antes, mas, como seus ex-integrantes tinham grande militância social e conhecimento dos direitos da minoria homossexual, eles se juntaram para entrar na luta. </p>]]>
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520
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿A Secretaria entendeu que estávamos vivendo o que se chama tecnicamente de um agravo inusitado à saúde. Mesmo tendo apenas quatro registros no Brasil, havia mais casos no exterior e a doença poderia se expandir para o país e, particularmente, para São Paulo. Também que era necessário oferecer apoio à comunidade que estava sendo afetada, tanto em termos de informação como de assistência, quando fosse necessário. Era preciso ainda oferecer proteção dos seus direitos, pois no exterior a doença já estava estigmatizando os homossexuais.¿ </p>]]>
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523
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Nesse período, dr. Paulo Teixeira havia acabado de assumir a direção da Divisão de Hansenologia e Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A Divisão trabalhava historicamente com hanseníase, combatendo o estigma relacionado a essa doença.</p>]]>
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526
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Por meio de uma sugestão da médica Miriam Vontobel, na época coordenadora do Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado, dr. Paulo Teixeira concordou que o Serviço de Doenças Sexualmente Transmissíveis, então recém-criado, poderia se encarregar de coordenar as atividades relacionadas à aids.</p>]]>
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529
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
O Programa de Aids do Estado de São Paulo começou suas atividades em caráter experimental no mês de agosto, mas seu lançamento público foi feito no dia 6 de setembro de 1983, numa coletiva de imprensa.<br />
</p>]]>
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533
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Foto%20Disque.png" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:left;height:381px;width:290px;" />¿Além da vigilância epidemiológica com a notificação dos casos; informação daquilo que era possível, pois ainda se desconhecia muito a respeito da doença; atendimento ambulatorial, laboratorial e hospitalar, também foi inaugurado um Disque Aids¿, disse o médico.</p>]]>
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533
| <![CDATA[<img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Foto%20Disque.png" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:left;height:381px;width:290px;" />]]>
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535
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Para Paulo Teixeira é importante lembrar que o primeiro Programa de Aids do país nasceu e foi instituído durante um processo de redemocratização do Brasil. ¿Nesse momento, havia sido eleito o primeiro governador de São Paulo por eleições diretas, o Franco Montoro. E o movimento sanitarista, que vinha desde a década de 1960, lutava pelo direito de acesso universal à saúde estava bastante ativo.¿ </p>]]>
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538
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Quando 1983 chegou ao fim, havia muitos casos suspeitos da doença, mas eram oito o número de confirmados no estado de São Paulo. Daí em diante a epidemia foi crescendo. Outros estados começaram também a notificar casos. O Programa passou a dar suporte aos municípios e apoio na estruturação dos serviços em outros estados e regiões. </p>]]>
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541
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿Nós tivemos uma participação importante no apoio da estruturação de serviços em outros estados. Principalmente, porque o Ministério da Saúde ainda não reconhecia a aids como um problema de saúde pública¿, continua o dr. Paulo Teixeira.</p>]]>
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544
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
As primeiras providências do Ministério da Saúde em relação a aids só aconteceram em 1985. ¿Isso se deu por conta de uma pressão que estados, comunidade e imprensa começaram a exercer sobre o Estado¿, contou. Nesse período, São Paulo atuou como uma espécie de referência nacional, atendendo e apoiando outros estados e regiões.¿ </p>]]>
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547
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
O conhecimento sobre a aids foi aumentando gradativamente. Porém, cada vez mais, surgiam novos casos e pessoas morriam. Dr. Paulo Teixeira considera que uma grande frustração daquela época era a falta de recursos eficazes para controlar todas as manifestações da doença e prolongar a vida das pessoas atingidas. </p>]]>
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550
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Primeiros avanços</strong></p>]]>
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553
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿Havia uma ansiedade e uma expectativa positivas para os tratamentos, à medida que, pelo fato de ter atingido duramente a Europa Ocidental e a América do Norte, Canadá e Estados Unidos, o trabalho de buscar conhecimentos, esclarecimentos e adoção de novas condutas era muito intenso.¿ </p>]]>
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556
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Em 1984, foi possível contar com os primeiros testes experimentais, o que ajudava a avaliar casos positivos e negativos. A partir de 1987, começaram a chegar os primeiros medicamentos para tratar a doença -- o primeiro foi o AZT. A partir de 1996, foram descobertas combinações mais efetivas que resultaram em esquemas mais eficazes de controle da doença. </p>]]>
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559
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿Embora possamos contar com tratamentos eficazes, ainda hoje estamos muito longe de uma situação de tranquilidade em relação à doença. Porém, temos de considerar que tudo andou rápido, ainda que em termos relativos, pois para as pessoas em sofrimento foi muito tempo. Mas a verdade é que as descobertas aconteceram rapidamente e isso porque a epidemia atingiu os países ricos. A malária, a tuberculose e a sífilis, por exemplo, estão aí há séculos e nunca receberam o mesmo grau de investimento e atenção, exatamente porque são doenças do terceiro mundo.¿</p>]]>
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562
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Segundo o especialista, por meio da pressão social e dos estados, o Brasil se mobilizou muito cedo e desde o início era considerando o acesso universal à saúde. Isso fez com que o país acompanhasse os progressos que ocorreram nos países ricos. ¿Porém, os países mais pobres e em desenvolvimento levaram décadas para receber atenção da comunidade internacional e ter algum tipo de apoio¿, afirmou o médico.<br />
</p>]]>
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566
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong><img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Foto%20Cartaz.png" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:right;height:392px;width:290px;" /></strong><em>Na foto, um dos primeiros cartazes produzido pelo Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo.</em></p>]]>
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566
| <![CDATA[<img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Foto%20Cartaz.png" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:right;height:392px;width:290px;" />]]>
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568
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Ambulatório trans</strong></p>]]>
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571
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Segundo o dr. Paulo Teixeira, o Programa de Aids também foi o primeiro canal de comunicação das travestis e transexuais com o Estado. Dentro do CRT (Centro de Referência e Treinamento DST/Aids), que faz parte da Coordenação do Programa, nasceu, há nove anos, o primeiro serviço de assistência a população trans.</p>]]>
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574
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿A população trans é vulnerável à infecção pelo HIV e outras DSTs, mas a iniciativa foi organizada como um serviço de atenção integral, em que o HIV é umas das preocupações, mas não é tudo. O ambulatório especializado foi montado em um serviço de aids por decisão das trans, porque o CRT é um dos poucos lugares onde elas se sentem bem acolhidas.¿ </p>]]>
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577
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Política atual</strong></p>]]>
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580
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
O dr. Paulo Teixeira reconhece que ainda há muito o que fazer em diferentes áreas e avanços para conquistar. Para ele, a assistência e a prevenção estão se apresentando como o maior desafio do Programa e do país. ¿Por exemplo, na rede assistencial nós temos de reforçar o diagnóstico precoce, o início precoce do tratamento, o reforço da rede de atenção integral à pessoa com HIV, as ações de adesão, trabalhar para que não haja abandono ou suspensão do tratamento. Temos de melhorar na área de capacitação e fazer pesquisas constantes. E melhorar a prevenção dos grupos mais vulneráveis.¿ </p>]]>
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583
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
A atual situação política no Brasil, na opinião do médico, é extremamente preocupante. Segundo ele, até dois meses atrás, antes de Michel Temer assumir o governo como interino, por mais problemas que o país e as atividades relacionadas ao controle da aids apresentassem, nunca houve desvio dos eixos principais de enfrentamento. </p>]]>
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586
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿Mesmo com problemas sérios, falhas e questões não resolvidas, os valores, as políticas e referências nacionais em relação aos direitos sempre foram sólidos. Agora, o cenário é sombrio e ffundamentalista. Embora a epidemia esteja contida na população em geral, o maior problema hoje são os grupos mais vulneráveis, como jovens gays, profissionais do sexo, moradores de rua e usuários de drogas. Sem dúvida, faltam ações do Estado sobre esses aspectos. No entanto, a solução não depende somente do Estado, pois falamos de questões de caráter social, comportamental e afetiva nas quais o Estado também não tem o direito de intervir. Mas sei que o que estamos fazendo não é suficiente.¿</p>]]>
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589
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Uma preocupação especial</strong></p>]]>
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592
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Ainda entre os diversos desafios para o controle da epidemia, a transmissão vertical, para o médico, merece uma preocupação especial. Mesmo sendo absolutamente possível evitar a infecção de mãe para filho, no Brasil, nos últimos dez anos, ainda nascem 700 bebês por ano com HIV. Desde o início da epidemia foram 92 mil casos de transmissão.</p>]]>
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595
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿A minha opinião é de que cada caso de transmissão vertical seja investigado. Se detectada a falha institucional, o que acontece em 98% dos casos, eu acho que a mãe tem de processar o Estado, pedir indenização e a criança receber uma pensão vitalícia.¿ </p>]]>
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598
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Com os recursos existentes hoje, como fazer testes de HIV durante o pré-natal, entre outras diretrizes nacionais, o risco de transmissão vertical passou a ser menor que 2%. Em São Paulo, esse número é 2%. A média nacional é de 8,5%, mas há regiões em que chega a 15%. </p>]]>
|
601
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
¿Há 15 anos eu não faria essa proposta de processar o Estado, porque ainda estávamos aprendendo sobre essa via de transmissão. Mas hoje, passados todos esses anos, em que foram feitas normas, protocolos e capacitações, comprados medicamentos, reagentes e está tudo lá, é hora de radicalizar. Foi assim que resolvemos a transmissão via transfusão de sangue. Não tem mais infecção por essa via, porque, a cada transmissão, há uma punição funcional, financeira e judicial pesada.¿ </p>]]>
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604
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Situação ideal</strong></p>]]>
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607
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Para o dr. Paulo Teixeira, não é simples dizer se haverá ou há intervenções que possam resolver o problema da epidemia. ¿Os problemas enfrentados no Brasil, como o recrudescimento a grupos mais vulneráveis com potencial de ampliação, ocorrem também na Europa Ocidental, Estados Unidos e Canadá. É preciso, em relação aos jovens, independentemente de sua orientação sexual, retomar todas essas discussões a respeito de sexo, gênero, concepção, camisinha, acesso a tratamento profilático. Se não for feito isso, não vamos resolver o problema da epidemia.¿</p>]]>
|
610
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<strong>Dados de São Paulo</strong></p>]]>
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613
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<em>Na foto, da esq. para a direta: Artur Kalichman, diretor adjunto do Programa, Maria Clara, diretora e Rosa alencar, adjunta.</em></p>]]>
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616
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong><img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Clra%20Rosa%20Artur%201.JPG" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:left;height:266px;width:400px;" /></strong>Do início da epidemia até junho de 2014, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, foram notificados 236.434 mil casos de aids no estado. Destes, 122 mil foram a óbitos. Nos últimos dez anos, a taxa de incidência em São Paulo teve uma redução de 32,6%. Atualmente, 114.434 mil pessoas vivem com HIV. Até o momento, 95 mil estão em terapia antirretroviral no estado. <br />
</p>]]>
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616
| <![CDATA[<img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/Clra%20Rosa%20Artur%201.JPG" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:left;height:266px;width:400px;" />]]>
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619
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;">Hoje, a Rede de Serviços vinculados ao Programa conta com 200 Unidades Ambulatoriais de HIV/aids, 130 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em 95 municípios, 31 Hospitais-Dia, 26 de Assistência Domiciliar Terapêutica, 580 Leitos HIV/aids, e pelo menos 1 Serviço de DST nos 645 municípios do estado. </p>]]>
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621
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
O CRT-SP oferece Ambulatório de HIV, Ambulatório de Hepatites, Hospital-Dia/Pediatria, Internação, Centro de Testagem e Aconselhamento, Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais, Unidade de Pesquisa, Núcleo de DST, Dispensação de Medicamentos, Laboratório, Área de Prevenção, Vigilância Epidemiológica, Administração e Planejamento. </p>]]>
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624
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Desde sua fundação, 8 de março de 1988, o CRT já atendeu 107 mil pacientes. Atualmente, são cerca de 12 mil, incluindo os matriculados nos ambulatório HIV, hepatites, saúde integral para travestis e transexuais, CTA e Núcleo de DST.</p>]]>
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627
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Anualmente, são realizadas cerca de 530 mil procedimentos por ano. São 45 pólos de distribuição de medicamentos para aids; 165 unidades dispensadoras de medicamentos; 28 Hospitais-Dia; 130 Centros de Testagem e Aconselhamento; 580 leitos públicos e privados (filantrópicos); 17 casas de apoio a adultos com HIV, distribuídas em 20 municípios com recursos federais; 200 serviços de assistência especializada (ambulatórios). Distribuição gratuita de 22 medicamentos antiretrovirais, totalizando 39 itens, incluindo formulações pediátricas, enviados pelo Programa Nacional DST/Aids.</p>]]>
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630
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong><img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/_DST2659.JPG" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:right;height:200px;width:300px;" /><br />
Mais sobre Paulo Teixeira</strong></p>]]>
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630
| <![CDATA[<img alt="" src="http://agenciaaids.com.br/galery/images/_DST2659.JPG" style="border:0px;vertical-align:baseline;float:right;height:200px;width:300px;" />]]>
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633
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<em>Na foto, Paulo Teixeira com a socióloga Lindinalva Laurindo Teodorescu</em></p>]]>
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636
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Médico com especialização em dermatologia e saúde pública. Criou e coordenou o Programa para o controle da Aids, de 1983 a 1987, 1990 a 1991, e 1995 a 1996.</p>]]>
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639
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Desenvolveu trabalhos de consultoria para a Organização Panamericana de Saúde (OPS), em 1994, e atuou como consultor técnico do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids) na América Central e no Cone Sul, de 1996 a 1999. </p>]]>
|
642
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Ocupou a coordenação do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, de 2000 a 2003. Representante da América Latina e do Caribe, entre 2001 e 2003, participou da criação e do Conselho de Administração do Fundo Global de Tuberculose, Aids e Malária. Foi diretor do Departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde, em Genebra, em 2003 e 2004.</p>]]>
|
645
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
Com a socióloga Lindinalva Laurindo Teodorescu, publicou dois livros volumes do livro "Histórias da Aids no Brasil", com base no relato de seus protagonistas ao longo dos anos 1983-2003. </p>]]>
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648
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><br />
<em>*Fotos cedidas pelo CRT-SP</em></p>]]>
|
651
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"> </p>]]>
|
653
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong>Serviço</strong></p>]]>
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655
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong>Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP</strong><br />
Rua Santa Cruz, 81, Vila Mariana, São Paulo</p>]]>
|
658
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong>Disque Aids</strong></p>]]>
|
660
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;">Tel.: 0800 16 25 50</p>]]>
|
662
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"> </p>]]>
|
664
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong>Dica de entrevista</strong></p>]]>
|
666
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;">Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP<br />
Assessoria de Imprensa - Emi Shimma<br />
Tel.: (11) 5087 9907 </p>]]>
|
670
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"> </p>]]>
|
672
| <![CDATA[<p style="margin-left: 1em; text-align: justify;"><strong>Daiane Bomfim</strong> (daiane@agenciaaids.com.br)</p>]]>
|
674
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;"> </p>]]>
|
696
| <![CDATA[<div class="address" style="background: #fff;color: #333;/* float: left; */width: 100%;padding-top: 5%;max-height: 55px;overflow: hidden;">
<img src="/mmp/ses/images/bandeira_rodape.png" alt="bandeira do estado de são paulo" style="display:none" />
<p>Rua Santa Cruz, 81 - São Paulo - CEP 04121-000 - (11) 5087-9911 </p>
<img src="/mmp/ses/images/rodape_preto.png" alt="bandeira do estado de são paulo" style="position: relative;top: -55px;max-width: 100%;" />
</div>]]>
|
697
| <![CDATA[<img src="/mmp/ses/images/bandeira_rodape.png" alt="bandeira do estado de são paulo" style="display:none" />]]>
|
699
| <![CDATA[<img src="/mmp/ses/images/rodape_preto.png" alt="bandeira do estado de são paulo" style="position: relative;top: -55px;max-width: 100%;" />]]>
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49
| <![CDATA[<script type="text/javascript">
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55
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|
159
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| <![CDATA[<script type="text/javascript">
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