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| <![CDATA[<p align="justify">Clayton Valões é um dos muitos talentos do IRH. Trabalha na instituição há 21 anos, já passou por vários setores – hoje responde pela gerência de sistemas e da Divisão de Suporte de Hardware – e sempre está disposto a novos conhecimentos. Sua sensibilidade e senso profissional são reconhecidos por todos os funcionários da Casa. Mas muitos talvez não saibam que o Clayton que atua, sempre disposto, nas suas funções é, na verdade, um artista. E artista premiado, é bom que se diga.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Sua paixão pelo mundo das artes é antiga, vem desde quando era criança, no interior do Ceará, em Jardim e no Crato. Para ele, o artista que tem o dom já nasce pronto. “Meu primeiro contato com a arte foi numa visita que fiz ao Museu de Arte Vicente Leite. Logo quando entrei me deparei com a obra de Sinhá D’Amora (artista Cearense, de Lavras, residia no Rio) e me apaixonei. E olhe que não entendia nada de arte”, brinca. Nas aulas de Educação Artística, no colégio, Clayton se destacava. Nas festas comemorativas, como Páscoa e Natal, era ele quem fazia os painéis. “Eu adorava e ajudava a desenvolver meu potencial artístico”.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Na adolescência, quando chegou ao Recife para estudar, com 16 anos incompletos, Clayton passou a dedicar mais tempo para a arte. Como não conhecia muita gente na cidade, passava horas “trabalhando” a veia artística. Autodidata, leu muito os clássicos e procurou desenvolver sua técnica e estilo sem influências. Temia ser acusado de “copiar” os estilos de pintores conhecidos. Teve, aliás, o incentivo de uma irmã, que lhe presenteou um cavalete e telas.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">“Eu estudava à noite e tinha a manhã e a tarde para desenvolver a atividade. <br />Lia muito os grandes mestres, mas não queria imitar ninguém, queria ter o meu estilo próprio, sem orientações. Cheguei sem conhecer ninguém, me isolei em casa matei o tempo pintando”, lembra.<br /><br />Sua primeira aparição como artista foi num concurso de arte na Pirelli realizado no Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 1983. Participou por acaso, aconselhado por um amigo carteiro Lá, teve a oportunidade de expor seu quadro e ganhar seu primeiro certificado. “Mas eu não acreditava que tinha ganhado. Foi uma realização. A partir daí minha família me apoiou”. <br /><br />Depois disso, sua carreira de artista deslanchou de vez, assim como seu trabalho no IRH, onde ingressou ainda quando o órgão era o antigo Ipsep. Começou a fazer contato com grandes artistas, como Flávio Gadelha, que foi quase um professor, Rinaldo, Maurício Silva, Francisco Neves, João Câmara, Delano e Brennand.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Logo em 84, teve a emoção de vender seu primeiro quadro – o óleo sobre telas “Carnavalescos”, de 65 por 52 cm. Já era época em que seu nome passou a aparecer com destaque nos jornais e na mídia em geral,</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Ainda na década de 80, Clayton participou dos Salões de Novos, que maçaram uma geração de artistas no Museu do Estado, e atuava também na Oficina Guaianases de Gravuras, em Olinda. Nesse pique, participou de grandes eventos que lhe trouxeram visibilidade e reconhecimento, como o projeto Ano do Brasil na França, onde mostrou uma série de retratos imaginados. A exposição foi um sucesso, mas o artista teve que acompanhar do Recife, já que a mãe e o filho adoeceram.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">. Clayton também é autor de um projeto artístico desenvolvido no prédio sede do antigo Ipsep, no Centro do Recife. Era o Espaço Cultural do IPSEP, que teve quatro anos de duração. “O projeto incentivou talentos e tinha o objetivo de descobrir novos artistas”. Tivemos grandes exemplos como Gilvan Samico, um grande artista que expôs algumas de suas xilogravuras aqui, e Adiza Moura de Castilho, do Jurídico” relembra.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Sobre o estilo, Clayton se identifica muito com a figura humana e o expressionismo. Sempre destacando que é preciso ter muita persistência, ele lembra que iniciou a carreira sem nenhuma orientação, como um verdadeiro autoditada. Ele trabalhou com óleo durante dez anos, mas teve problemas de saúde e terminou ficando dois anos parado. Se dedicou, então, à Oficina Guaianases, conheceu litografia, desenho e, depois, começou a pintar com acrílica. “Às vezes passo dois ou três meses sem pintar nada, fico matutando as idéias. Mas também quanto pinto não consigo fazer uma tela só, pinto duas ou três.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Clayton também gosta de fazer interpretações. Já fez “paródias” com quadros de grandes nomes como obra do pintor italiano Leonardo da Vinci, Monalisa, intitulado Mona tira férias e vai ao Paiva, de Tiziano Vecellio Fuga para o Egito, intitulado Fuga para o Egito numa tarde de domingo, Criação do Universo, intitulado E assim criou o universo, a noite para ninguém ver, entre outros.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Mesmo com mais de 20 anos no mercado artístico, Clayton analisa que viver de arte é difícil e que muitas vezes a crítica não reconhece o artista como deveria. “Tenho claramente a definição do meu estilo e muitas vezes não encontro espaço. Falta ainda apoio e incentivo”, confessa.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Hoje, o artista tem dois ateliês, um em Boa Viagem e o outro em Jussaral – Vitória de Santo Antão, onde se dedica de corpo e alma ao trabalho da pintura. Também dedica parte de seu tempo à seu filho Vitor de 8 anos que já tem talento para as artes. “Confesso que sempre incentivei, mas ele tem talento e gosta, já toca flauta doce, bateria e violão”.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify">Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho de Clayton Valões visite o site <br /><span style="font-family: Arial;"><a href="http://www.claytonvaloes.com/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">www.claytonvaloes.com/</a></span></p>]]>
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