368
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"><strong><span style="font-size: medium;">Jardinópolis, construída por um povo lutador</span></strong></p>]]>
|
369
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">No final da década de 40, os primeiros colonizadores riograndenses, descendentes de italianos, começaram a chegar à região de Vila Jardim, atual Jardinópolis, e ocuparam as margens do rio Santo Antônio – santo que é padroeiro da cidade. Oriundos das localidades de Paim Filho e São João da Ortiga, os primeiros migrantes foram Ângelo Detoni e Amélio Piccinin, que vieram para Vila Jardim na metade de 1948. No ano seguinte, chegaram à região as famílias de Maurício Oselame e Antônio Alberti, da cidade de Bento Gonçalves. Já em 1951, migraram as famílias de Félix Kochinski, Antônio Moterle, Luiz Maria e Vitório Moterle. Eles buscavam encontrar no Oeste catarinense boas terras para plantar e cultivar a lavoura. Nas décadas de 60 e 70, as famílias de Osmar Pavam, Modesto Martinelli, Angelin Martinelli, Deonísio Maria, Balduíno Angonese e muitas outras, vieram morar em Vila Jardim, sendo provenientes dos municípios de Erechim, Casca e Antônio Prado-RS.</p>]]>
|
370
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"> ;Encontraram uma abundância de madeira e passaram a viver da extração da mata nativa e do plantio de grãos. A agricultura familiar, baseada na policultura, recebeu estímulo, por parte dos agricultores, desde o princípio da colonização. Como a exploração da mata não era suficiente para obter a alimentação necessária à sobrevivência das famílias, plantavam diversas culturas de cereais e criavam porcos, galinhas e gado de corte e leite.</p>]]>
|
371
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Durante a viagem de colonização, os migrantes enfrentaram muita cerração e quando avistaram o verde da floresta, compararam o local a um grande jardim. Então, decidiram chamar o local de Vila Jardim, mudando anos depois para Jardinópolis.</p>]]>
|
372
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">De Chapecó até à comunidade de Roncador, no município de Coronel Freitas, os migrantes traziam a mudança com caminhão. Sendo que os 20 quilômetros até o Vila Jardim eram percorridos em cima de carroças nas trilhas mata adentro, conhecidas na região por picadas. Normalmente, os homens vinham primeiro para conhecerem o local em que iam morar e construir a casa, para depois buscar os integrantes da família. Ressalta-se que os colonizadores preferiam construir casas com “porão”, parte inferior da residência, onde eram curtidos os salames e os queijos e armazenada a produção de grãos.</p>]]>
|
373
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Na viagem de colonização, os migrantes transportavam alguns animais como galinhas, porcos e, no mínimo, uma vaca para ordenhar o leite. Na mudança, as famílias traziam a menor quantidade de alimentos possível, como trigo, feijão, arroz, milho e açúcar. Entretanto, às vezes, não era o suficiente para saciar a fome de toda a família pelo período em que se esperava a colheita da primeira safra. Conforme relatos de migrantes, houve momentos nos quais os seus familiares passaram necessidades ; por falta de alimentos.</p>]]>
|
374
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">O moinho mais próximo para moer o grão ficava em Coronel Freitas. Os agricultores da época percorriam os 34 quilômetros a cavalo. No início da colonização, a carne consumida era extraída da caça de animais silvestres e da pesca.</p>]]>
|
375
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"><strong><span style="font-size: medium;">A marca da fé</span></strong><strong><span style="font-size: medium;"> ;</span></strong></p>]]>
|
376
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">A tradição e a devoção em Deus e na Igreja Católica, fizeram com que os colonizadores se reunissem em casas de famílias para rezar o terço e celebrar a missa, quando o padre visitava a localidade. Durante toda a década de 50, os encontros religiosos aconteceram na casa de Antônio Alberti, no domingo, rezava-se o terço, conduzido por Ângelo Detoni. Na pequena comunidade, conhecida por Vila Jardim, havia somente um aparelho de rádio, que funcionava em Amplitude Modulada. Nos domingos em que sintonizavam a Rádio Chapecó, participavam da missa, escutando. ; ;</p>]]>
|
377
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">A Paróquia responsável pela comunidade era de São Lourenço do Oeste, a 50 quilômetros de distância, e a primeira missa foi rezada em 22 de abril de 1951, por Frei Lucas, na casa de Félix Kochinski. O pároco se deslocava à Vila Jardim, três vezes por ano, e nas oportunidades realizava os batizados e os casamentos. No ano de 1963, a comunidade passou a integrar a Paróquia de São José, de Coronel Freitas.</p>]]>
|
378
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"> ;A primeira criança a nascer na localidade, após a vinda dos primeiros migrantes, foi Rosalino Detoni, em 4 de outubro de 1952, a mãe morreu no parto e o bebê três meses depois. Foram sepultados em um local improvisado. Anos mais tarde, a comunidade recebeu um terreno de Osmar Pavan, o local foi transformado no atual cemitério.</p>]]>
|
379
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"><strong><span style="font-size: medium;">Construção da Capela e do Clube</span></strong><strong><span style="font-size: medium;"> ;</span></strong></p>]]>
|
380
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Uma das demonstrações de solidariedade e de companheirismo dos colonizadores pode ser identificada na construção da primeira Capela, no ano de 1954. O terreno foi doado pela colonizadora Sul Brasil, na época representada por Vitorino Alberti, irmão de Antônio Alberti. Para obter os recursos necessários, os colonizadores doaram à comunidade uma quantia de couro de animais silvestres que encheu uma carroça. A matéria-prima foi vendida para o curtume e resultou em um conto de réis, aplicado na construção da Igreja.</p>]]>
|
381
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Com o local de devoção construído, foi realizada a primeira festa comunitária, no ano de 1955. Para assar o churrasco, um dos pratos tradicionais, desde a época até os dias atuais, foram queimadas a madeira que se encontrava nas redondezas da Igreja.</p>]]>
|
382
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">A partir da festa, os moradores sentiram a necessidade de construir um Clube, para realizar os encontros comunitários, como reuniões, bailes e festas. Porém, a ausência de recursos fez com que os colonizadores iniciassem a construção do clube uma década após a inauguração da primeira capela. A madeira, proveniente de árvores de araucária, “gabriuva” e angico, foi doada pelos moradores da localidade. A bela arquitetura do forro, que encanta quem entra no Clube, foi realizada por Angelin Capeletto.</p>]]>
|
383
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">O clube comunitário foi construído entre os anos de 1968/69. Ao ser inaugurado recebeu o nome de Esporte Clube Palmeiras, entidade a qual pertencia. Após alguns anos, foi doada para a comunidade católica de Jardinópolis. ; ;</p>]]>
|
384
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"><strong><span style="font-size: medium;">Capela atual</span></strong><strong><span style="font-size: medium;"> <br /></span></strong></p>]]>
|
385
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Passou-se 12 anos em que a primeira Capela havia sido construída, quando os colonizadores de Jardinópolis, decidiram construir uma nova igreja de madeira. O templo foi arquitetado por Severino Vicenzi, vindo na época de Erechim – RS, a convite do pároco de Chapecó, Antônio Massolini. O carpinteiro construiu 18 igrejas na Diocese, todas com as mesmas características: de madeira, duas torres e um forro arquitetado em formato de uma cruz.</p>]]>
|
386
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">A ;Capela em Jardinópolis se transformou em um local turístico do município, pela forma arquitetônica em que foi construída e por integrar a história da colonização da antiga comunidade de Vila Jardim. ;</p>]]>
|
388
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Os primeiros passos na área da educação das crianças da antiga Vila Jardim, foram dados no ano de 1955, com a vinda da primeira professora Jandira Santiam. Ela veio do município de Quilombo e era remunerada pela prefeitura de Chapecó, para lecionar na capela da comunidade de Vila Jardim, pois não havia escola na época.</p>]]>
|
389
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Os alunos freqüentavam a aula no período matutino, dessa forma, as crianças de menor idade acompanhavam os maiores e, assim, acabavam estudando. No final da década de 50 e início de 60, o governo do Estado de Santa Catarina construiu a primeira escola de madeira, com uma sala. O terreno de 1.000 m² no qual foi construída a escola, foi doado pelo colonizador Vitório Alberti.</p>]]>
|
390
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Embora o local para os alunos estudar fosse novo, não atendia a demanda. Por isso, parte dos estudantes precisaram ser remanejados para estudar na antiga capela, com as novas professoras Jabelita Marmentini e Cristina Fusqueira.</p>]]>
|
391
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">No final dos anos 60, foi construída uma nova escola com duas salas. Porém, como o número de alunos crescia e a comunidade de Vila Jardim havia se tornado 3º Distrito, passando a se chamar Jardinópolis, foi construída com recursos do Estado, por intermédio da prefeitura de Coronel Freitas, uma escola de alvenaria no ano de 1975. Foram feitas seis salas, que pudesse atender a todos os alunos da localidade de Jardinópolis. A escola foi chamada de Fazenda Triângulo, hoje intitulada Escola de Educação Básica Fazenda Triângulo.</p>]]>
|
392
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Ao longo das décadas de 70 e 80 foram construídas sete escolas nas comunidades de Vila Jardim, Batovira, Barrinhas, Alto Jardinópolis, Lajeado São Pedro, Monte Belo e Rio Azul. No ano de 1998, a Secretaria de Educação fez a Nucleação das escolas do interior, levando todos os alunos para estudar na área urbana. Com a concentração de alunos na cidade, a Secretaria construiu parte da Escola Nucleada Municipal Castro Alves no ano de 1999 e em 2003 foi construída uma nova ala.</p>]]>
|
393
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"><strong><span style="font-size: medium;">Da colonização a emancipação política-administrativa</span></strong></p>]]>
|
394
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify"> ;O processo histórico-político de Jardinópolis se iniciou com a vinda dos primeiros colonizadores, no ano de 1948. A partir desta data, o local que era habitado, esporadicamente, por índios das tribos Tupi Guarani e Kaigangs, passou a receber pessoas dispostas a transformar a região em uma Vila. A intenção dos migrantes passou a ser realizada com a nomeação do local de Vila Jardim e a construção de uma capela e um pavilhão.</p>]]>
|
395
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Alguns anos se passaram e a Vila Jardim, seria intitulada de Jardinópolis, que se tornou 3º Distrito de Coronel Freitas, no ano de 1965. Época na qual foi desmembrado do 2º Distrito, que era a comunidade de Cairú, atual município de Águas Frias. ;A idéia de substituir o nome de Vila Jardim por Jardinópolis foi do colonizador chamado Generino Ferrari.</p>]]>
|
396
| <![CDATA[<p style="text-align: justify;" align="justify">Os anos em que Jardinópolis foi Distrito, a população sofreu com a ausência do Estado. O atendimento nas áreas de saúde, agricultura, infra-estrutura, educação era precário. Ficar doente era um problema gravíssimo, pois não havia Centro de Saúde e nem condução para levar até um centro médico os doentes. Ressalta-se que as estradas, existentes naquela época, eram precárias ; e de difícil acesso.</p>]]>
|