610
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="ref1"></a> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Em encontros realizados com professores, é comum o questionamento sobre como proceder em relação a alunos - notadamente crianças e adolescentes, que praticam atos de indisciplina na escola, assim entendidas aquelas condutas que, apesar de não caracterizarem crime ou contravenção penal </font></font><a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#nota1"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u>[nota 1]</u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, de qualquer modo tumultuam ou subvertem a ordem em sala de aula e/ou na escola.</font></font></p>]]>
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611
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Tais questionamentos não raro vêm acompanhados de críticas ao Estatuto da Criança e do Adolescente que teria, supostamente, retirado a autoridade dos professores em relação a seus alunos, impedindo a tomada de qualquer medida de caráter disciplinar para coibir abusos por estes praticados.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Ledo engano.</font></font></p>]]>
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613
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Em primeiro lugar, importante registrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente, ao contrário do que pensam alguns, procurou apenas reforçar a idéia de que crianças e adolescentes </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>também</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> são sujeitos de direitos como todo cidadão, no mais puro espírito do contido no art.5º, inciso I da Constituição Federal, que estabelece a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>igualdade</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> de homens e mulheres, independentemente de sua idade, em </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>direitos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> e </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>obrigações</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Sendo crianças e adolescentes </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>sujeitos dos mesmos direitos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> que os adultos, </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>a exemplo destes</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> possuem também </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>deveres</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, podendo-se dizer que o primeiro deles corresponde justamente ao </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>dever de respeitar os direitos de seu próximo</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> (seja ele criança, adolescente ou adulto), que são </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>exatamente iguais aos seus</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Em outras palavras, o Estatuto da Criança e do Adolescente não confere qualquer "imunidade" a crianças e adolescentes, que de modo algum estão autorizados, a livremente, violar direitos de outros cidadãos, até porque se existisse tal regra na legislação ordinária, seria ela inválida (ou mesmo considerada inexistente), por </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>afronta à Constituição Federal</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, que como vimos estabelece a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>igualdade de todos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> em </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>direitos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> e </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>deveres</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">.</font></font></p>]]>
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616
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">No que concerne ao relacionamento professor-aluno, mais precisamente, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi extremamente conciso, tendo de maneira expressa apenas estabelecido que crianças e adolescentes têm o "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em><strong>direito de ser respeitados por seus educadores</strong></em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">" (art.53, inciso II, </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em>verbis</em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">).</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="ref2"></a> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Essa regra, por vezes contestada e, acima de tudo, mal interpretada, sequer precisaria ter sido escrita estivéssemos em um país do chamado "primeiro mundo" </font></font><a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#nota2"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u>[nota 2]</u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, haja vista que o </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>direito ao respeito</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> é um </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>direito natural</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>todo ser humano</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, independentemente de sua idade, sexo, raça e condição social ou nacionalidade, sendo que no caso específico do Brasil é ainda garantido em diversas passagens da Constituição Federal, que coloca (ou ao menos objetiva colocar) qualquer um de nós a salvo de abusos cometidos por outras pessoas e mesmo pelas autoridades públicas constituídas.</font></font></p>]]>
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618
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Seu objetivo é apenas </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>reforçar</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> a idéia de que crianças e adolescentes, na condição de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>cidadãos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, precisam ser respeitados em especial por aqueles encarregados da nobre missão de educá-los, educação essa que obviamente não deve se restringir aos conteúdos curriculares mas sim atingir toda amplitude do art.205 da Constituição Federal, notadamente no sentido do "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em><strong>...pleno desenvolvimento da pessoa</strong></em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>...</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">" da criança ou adolescente e seu "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em><strong>...preparo para o exercício da cidadania</strong></em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>...</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">" (</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em>verbis</em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">), tendo sempre em mente que, no trato com crianças e adolescentes devemos considerar sua "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em><strong>...condição peculiar</strong></em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>...</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">" de "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em><strong>...pessoas em desenvolvimento...</strong></em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">" (art.6º da Lei nº 8.069/90 - </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em>verbis</em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">).</font></font></p>]]>
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619
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">O dispositivo em questão, portanto, de modo algum pode ser interpretado como uma espécie de "autorização" para que crianças e adolescentes de qualquer modo venham a faltar com o respeito a seus educadores (ou com qualquer outra pessoa), pois o direito ao respeito e à integridade física, moral e psíquica destes é garantido por </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>norma Constitucional</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, de nível portanto </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>superior</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, que como vimos não poderia jamais ser violada por uma lei ordinária.</font></font></p>]]>
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620
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Feitas estas ponderações, que me pareciam pertinentes para o início da exposição, a resposta sobre </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>o que fazer</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> quando da prática de um ato de indisciplina por parte de um aluno, seja ele criança, adolescente ou adulto, passa por uma análise conjunta da Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei de Diretrizes e Bases da Educação e, é claro, do regimento escolar do estabelecimento de ensino, devendo este último por óbvio se adequar às disposições legais e constitucionais específicas ou de qualquer modo afetas à matéria que pretende regular.</font></font></p>]]>
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621
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Como impossível saber o conteúdo e forma de elaboração de cada regimento escolar, parto do princípio que este, além de respeitar as normas acima referidas, foi elaborado e/ou adequado a partir de uma </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>ampla discussão</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> com toda a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>comunidade escolar</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, em especial junto aos pais dos alunos, que nos termos do art.53, par. único do Estatuto da Criança e do Adolescente, têm direito não apenas a tomar conhecimento do processo pedagógico da escola (pública ou particular), mas também de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>participar diretamente</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> da própria </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>definição de suas propostas educacionais</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">.</font></font></p>]]>
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622
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">E no contexto do que deve ser entendida como "proposta educacional" da escola, por óbvio, deve estar incluída a forma de lidar com autores de atos de indisciplina, pois são estes seguramente indiciários de falhas no processo educacional do aluno que precisam ser melhor apuradas e supridas através de ações conjuntas da </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>escola</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, da </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>família</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> e, eventualmente, mesmo de outros órgãos e autoridades, como é o caso do Conselho Tutelar, que em situações de maior gravidade, em que se detecta estar o aluno criança ou adolescente em </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>situação de risco</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> na forma do disposto no art.98, incisos II e/ou III da Lei nº 8.069/90, pode intervir para fins de aplicação de medidas de proteção previstas nos arts.101 e 129 do mesmo Diploma Legal, destinadas ao jovem e à sua família.</font></font></p>]]>
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623
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Também é recomendável que o processo de discussão, elaboração e/ou adequação do regimento escolar seja estendido aos alunos, que devem ser ouvidos acerca das dinâmicas que se pretende implementar na escola bem como tomar efetivo conhecimento de suas normas internas, pois se o objetivo da instituição de ensino é a formação e o preparo da pessoa para o exercício da cidadania, é de rigor que se lhes garanta o direito de, democraticamente, manifestar sua opinião sobre temas que irão afetá-los diretamente em sua vida acadêmica.</font></font></p>]]>
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624
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="ref3"></a> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Um dos pontos cruciais dessa discussão diz respeito à definição das </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>condutas</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> que caracterizam, em tese, atos de indisciplina e as </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>sanções</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> (ou "penas") </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>disciplinares</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> a elas cominadas </font></font><a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#nota3"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u>[nota 3]</u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">.</font></font></p>]]>
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625
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Importante registrar que, tomando por base a regra de hermenêutica contida no art.6º do Estatuto da Criança e do Adolescente e seus princípios fundamentais, e ainda por analogia ao disposto no art.5º, inciso XXXIV da Constituição Federal, que estabeleceu o </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>princípio da legalidade</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> como garantia de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>todo cidadão</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> contra abusos potenciais cometidos pelo Estado (em seu sentido mais amplo), deve o regimento escolar estabelecer, previamente, </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>quais as condutas que importam na prática de atos de indisciplina</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, bem como as </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>sanções disciplinares a elas cominadas</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, sendo ainda necessária a indicação da instância escolar (direção da escola ou conselho escolar, por exemplo) que ficará encarregada de apreciação do caso e aplicação da medida disciplinar respectiva (em respeito à regra contida no art.5º, inciso LIII também da Constituição Federal).</font></font></p>]]>
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626
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="ref4"></a> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Evidente que as sanções disciplinares previstas não podem afrontar o princípio fundamental - e constitucional, que assegura a todo cidadão, e em especial a crianças e adolescentes, o direito de "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em><strong>acesso e PERMANÊNCIA na escola</strong></em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">", conforme previsão expressa do art.53, inciso I da Lei nº 8.069/90, art.3º, inciso I da Lei nº 9.394/96 e, em especial, do art.206, inciso I da Constituição Federal </font></font><a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#nota4"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u>[nota 4]</u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, nem poderão contemplar qualquer das hipóteses do art.5º, inciso XLVII da Constituição Federal, onde consta a relação de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>penas</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> cuja imposição é </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>vedada</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> mesmo para adultos condenados pela prática de crimes. De igual sorte, não poderão acarretar </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>vexame</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> ou </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>constrangimento</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> ao aluno, situações que além de afrontarem direitos constitucionais de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>qualquer cidadão</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> insculpidos no art.5º, incisos III, V e X da Constituição Federal (dentre outros), em tendo por vítima criança ou adolescente, tornará o violador em tese responsável pela prática do </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>crime</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> previsto no art.232 da Lei nº 8.069/90.</font></font></p>]]>
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627
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">De igual sorte, ainda por respeito a princípios estatutários e, acima de tudo, constitucionais afetos a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>todo cidadão</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> sujeito a uma sanção de qualquer natureza, </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>a aplicação da sanção disciplinar a aluno acusado da prática de ato de indisciplina não poderá ocorrer de forma sumária</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, sob pena de violação do contido no art.5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal, que garantem a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>todos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> o direito ao </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>devido processo legal</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, ao </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>contraditório</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> e à </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>ampla defesa</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, mais uma vez como forma de colocar a pessoa a salvo da </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>arbitrariedade</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> de autoridades investidas do poder de punir.</font></font></p>]]>
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628
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Nesse contexto, é elementar que o aluno acusado da prática da infração disciplinar, </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>seja qual for sua idade</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, não apenas tem o direito de ser formalmente cientificado de que sua conduta (que se impõe seja devidamente descrita), caracteriza, em tese, determinado ato de indisciplina (com remissão à norma do regimento escolar que assim o estabelece), como também, a partir daí, deve ser a ele </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>oportunizado exercício ao contraditório e à ampla defesa</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, com a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>obrigatória notificação de seus pais ou responsável</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, notadamente se criança ou adolescente (para assistí-lo ou representá-lo perante a autoridade escolar), confronto direto com o acusador, depoimento pessoal perante a autoridade processante e arrolamento/oitiva de testemunhas do ocorrido.</font></font></p>]]>
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629
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Todo o procedimento disciplinar, que deve estar devidamente previsto no regimento escolar (também por imposição do art.5º, inciso LIV da Constituição Federal), deverá ser conduzido em sigilo, facultando-se ao acusado a assistência de advogado.</font></font></p>]]>
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630
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Apenas observadas todas essas formalidades e garantias constitucionais é que se poderá falar em aplicação de sanção disciplinar, cuja imposição, do contrário, será </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>nula de pleno direito</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, passível de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>revisão judicial</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> e mesmo sujeitando os violadores de direitos fundamentais do aluno a sanções administrativas e judiciais, tanto na esfera cível (inclusive com </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>indenização por dano moral</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> eventualmente sofrido - </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><em>ex vi</em></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> do disposto no citado art.5º, inciso X da Constituição Federal), quanto criminal, tudo a depender da natureza e extensão da infração praticada pela autoridade responsável pela conduta abusiva e arbitrária respectiva.</font></font></p>]]>
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631
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Evidente também que a decisão que impõe a sanção disciplinar precisa ser devidamente fundamentada, expondo as razões que levaram a autoridade a entender comprovada a acusação e a rejeitar a tese de defesa apresentada pelo aluno e seu responsável, inclusive para que possa ser interposto eventual </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>recurso</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> às instâncias escolares superiores e mesmo reclamação ou similar junto à Secretaria de Educação.</font></font></p>]]>
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632
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Embora as cautelas acima referidas pareçam excessivas, devemos considerar que seu objetivo é a salvaguarda do direito do aluno/cidadão (criança, adolescente ou adulto) contra atos abusivos/ arbitrários da autoridade encarregada da aplicação da sanção disciplinar, que para o exercício dessa tarefa não pode violar </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>direitos fundamentais expressamente relacionados na Constituição Federal</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> e conferidos a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>qualquer um de nós</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, consoante acima mencionado.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Também não podemos perder de vista que todo o processo disciplinar, com a cientificação da acusação ao aluno e garantia de seu direito ao contraditório e ampla defesa, possui uma </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>fortíssima carga pedagógica</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, pois vendo o aluno que seus direitos fundamentais foram observados, e que foi ele tratado com respeito por parte daqueles encarregados de definir seu destino, a sanção disciplinar eventualmente aplicada ao final por certo será melhor assimilada, não dando margem para reclamos (em especial junto aos pais) de "perseguição" ou "injustiça", que não raro de fato ocorrem (ou ao menos assim acredita o aluno), e que acabam sendo fonte de revolta e reincidência ou transgressões ainda mais graves.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Em suma, se formos </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>justos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> com o aluno acusado do ato de indisciplina, mostrando-lhe exatamente o que fez, dando-lhe a oportunidade de fornecer sua versão dos fatos e, se comprovada a infração, dizendo a ele porque lhe estamos aplicando a sanção disciplinar, tudo dentro de um procedimento sério, acompanhado desde o primeiro momento pelos seus pais ou responsável, teremos muito mais chances de alcançar os objetivos da medida tomada, que se espera sejam eminentemente pedagógicos (e não apenas punitivos), evitando assim a repetição de condutas semelhantes e ensinando ao jovem uma impagável </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>lição de cidadania</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, como a instituição escolar, consoante alhures ventilado, tem a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>missão constitucional</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> de ministrar.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3">Ao arremate, vale apenas reforçar a afirmação por vezes efetuada que a sistemática acima referida deve ser adotada em relação a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>todos</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> os alunos, independentemente de sua idade ou nível escolar, pois a obrigação do respeito a direitos e garantias constitucionais de parte a parte </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>não tem idade</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, sendo </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>direito</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> - e também </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>dever</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, de todo e qualquer </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>cidadão</strong></font></font>, seja ele criança, adolescente ou adulto.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>Notas do texto:</strong></font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="nota1"></a> <a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#ref1"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u><strong>1</strong></u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> Os chamados "atos infracionais" definidos no art.103 da Lei nº 8069/90, que devem ser apurados pela autoridade policial e, em procedimento próprio instaurado perante o Conselho Tutelar (no caso de crianças) ou Justiça da Infância e Juventude (no caso de adolescentes), resultar na aplicação de medidas específicas já relacionadas pelo mesmo Diploma Legal citado.</font></font></p>]]>
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649
| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="nota2"></a> <a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#ref2"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u><strong>2</strong></u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> Daí porque não há que se admitir as críticas ao Estatuto da Criança e do Adolescente por ser supostamente uma "lei de primeiro mundo", portanto "inadequada à realidade brasileira", pois regras como a transcrita somente têm lugar em países de "terceiro mundo", onde se tem por hábito violar direitos fundamentais de crianças e adolescentes, como se não fossem eles </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>também</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> cidadãos.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="nota3"></a> <a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#ref3"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u><strong>3</strong></u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> Deixamos de relacioná-las expressamente pois isto deve ficar a cargo de cada regimento escolar, que como vimos deve ser discutido e aprovado junto a toda comunidade escolar. Relacionamos apenas os </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>princípios</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> a serem observados e aquilo que </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>não deve ocorrer</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> quando da devida regulamentação.</font></font></p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"><a name="nota4"></a> <a href="http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=826#ref4"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u><strong>4</strong></u></font></font></font></a><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> Razão pela qual </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>não se admite</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> a aplicação das sanções de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>suspensão</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> pura e simples da freqüência à escola (uma eventual suspensão deve contemplar, </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>obrigatoriamente</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, a realização de </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>atividades paralelas</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">, nas próprias dependências da escola ou em outro local, desde que sob a supervisão de educadores, de modo que o aluno não perca os conteúdos ministrados - ou mesmo provas aplicadas - no decorrer da duração da medida), e muito menos a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>expulsão</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> ou a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>transferência compulsória</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> do aluno, que em última análise representa um "</font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>atestado de incompetência</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">" da escola enquanto instituição que se propõe a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>educar</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"> (e não apenas a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>ensinar</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3">) e a </font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>formar o cidadão</strong></font></font>, tal qual dela se espera.</p>]]>
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| <![CDATA[<p align="justify" style="margin-top: 0.49cm; margin-bottom: 0.49cm; line-height: 100%;" class="western"> <font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><strong>Sobre o autor:</strong></font></font><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><br />
Murillo José Digiácomo é Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná, integrante do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente (CAOPCA/MPPR). Fone: (41) 3250-4710. PABx: (41) 3250-4000. E-mail: </font></font><a href="mailto:murilojd@mp.pr.gov.br"><font color="#0000ff"><font face="Times New Roman, serif"><font size="3"><u>murilojd@mp.pr.gov.br</u></font></font></font></a></p>]]>
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