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| <![CDATA[<tr valign="top" style="font:12px;"><td><a href="http://www.mrherondomingues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1289"><strong><img width="200" height="116" align="left" src="/redeescola/escolas/27/1470/14/arquivos/Image/2015/monteirolobato.jpg" alt="" />Quem foi Monteiro Lobato?</strong><br /><br />José Bento Monteiro Lobato estreou no mundo das letras com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista, que frequentou em Taubaté, cidade do Vale do Paraíba onde nasceu, em <strong>18 de abril de 1882.</strong><br /><br /></a><br /><div align="justify"><a href="http://www.mrherondomingues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1289"> Monteiro Lobato jamais escondeu sua paixão pela pintura e gostaria de ter cursado uma escola de Belas Artes. </a><br /><br /><a href="http://www.mrherondomingues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1289"> Por imposição do avô, seu tutor após a morte dos pais, acabou entrando para a Faculdade de Direito. Desistiu das artes plásticas e se fez escritor.</a><br /><br /><a href="http://www.mrherondomingues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1289"> <strong>Entre outras coisas escreveu para crianças histórias da Narizinho, Pedrinho, Tia Nastácia, boneca Emília, Visconde de Sabugosa e a assustadora Cuca.</strong></a><br /><br /></div><br />Fonte: <a target="_blank" href="http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/18-abril-dia-de-monteiro-lobato.html ">Datas Comemorativas </a>Leia Mais>>><br /><BR><div align="justify"><strong>Quem foi Monteiro Lobato?</strong><br /><br /><a href="http://www.mrherondomingues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1289"><strong><img width="200" height="116" align="left" src="/redeescola/escolas/27/1470/14/arquivos/Image/2015/monteirolobato.jpg" alt="" /></strong></a><br /><br />José Bento Monteiro Lobato estreou no mundo das letras com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista, que frequentou em Taubaté, cidade do Vale do Paraíba onde nasceu, em <strong>18 de abril de 1882.</strong><br /><br />Monteiro Lobato jamais escondeu sua paixão pela pintura e gostaria de ter cursado uma escola de Belas Artes. <br /><br />Por imposição do avô, seu tutor após a morte dos pais, acabou entrando para a Faculdade de Direito. Desistiu das artes plásticas e se fez escritor.<br /><br /><strong><br /><br />Entre outras coisas escreveu para crianças histórias da Narizinho, Pedrinho, Tia Nastácia, boneca Emília, Visconde de Sabugosa e a assustadora Cuca.</strong><br /><br />Sendo considerado um dos maiores autores da literatura infantil, escreveu também livros didáticos no campo da Matemática, História, Ciências e Geografia, demonstrando que era possível aprender através da brincadeira.<br /><br />Nascido na cidade de Taubaté, interior de São Paulo,em 18 de abril de 1882, José Bento Monteiro Lobato dedicou a maior parte de sua vida aos livros. Sendo considerado um dos maiores autores da literatura infantil, escreveu também livros didáticos no campo da Matemática, História, Ciências e Geografia, demonstrando que era possível aprender através da brincadeira.<br /><br /><br /><br />Filho de fazendeiros, muitas de suas obras fazem referência à vida no campo. O Sítio do Picapau Amarelo (1920) é considerado sua criação mais famosa. Nela, vários personagens se destacam como Tia Anastácia, com suas crenças e superstições; Tio Barnabé, com seus causos e estórias; Cuca, a jacaré fêmea, com seus encantos e magias; Emília, a boneca falante; Visconde de Sabugosa, uma espiga de milho que pensa e fala como gente grande; Pedrinho, inspirado em Lobato quando criança, repetindo suas aventuras e peripécias; além outros personagens encantadores.<br /><br /><br /><br />Com uma criatividade fora do comum, Monteiro Lobato escreveu também: A menina do narizinho arrebitado (1920), Jeca Tatuzinho (1924), Caçadas de Pedrinho (1933), Emília no país da gramática (1934), Aritmética da Emília (1935), Geografia de Dona Benta, História das Invenções (1935), A reforma da natureza (1941), Histórias diversas (1947), dentre tantas outras.<br /><br /><br /><br />Além dos livros infantis, fábulas, contos e crônicas escreveu obras literárias com a temática voltada para adultos como: Urupês (1918), O macaco que se fez homem (1923), O escândalo do petróleo e Ferro (1936), Zé Brasil (1947),<br /><br /><br /><br />Mas infelizmente, Monteiro Lobato, só é lembrado pela maioria, como mais uma data comemorativa do nosso calendário. Toda sua intelectualidade e seu vasto acervo de inigualável valor são vistos por muitos, apenas como meras histórias. Esquece-se que por trás de muitas de suas obras, o autor tinha um objetivo definido: despertar nos leitores uma nova concepção do mundo, criando em cada um de nós, um olhar crítico diante da sociedade e não somente mais uma leitura automatizada.<br /><br />Monteiro Lobato faleceu em 4 de Julho de 1948. Em 8 de Janeiro de 2002, foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a Lei 10.402/02 onde instituiu o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de abril, data natalícia do escritor.<br /><br /><br /><br />Os dois Burrinhos<br /><br />Muito lampeiros dois burrinhos de tropa seguiam trotando pela estrada além. O da frente conduzia bruacas de ouro em pó; e o de trás, simples sacos de farelo. Embora burros da mesma igualha, não queria ser o primeiro que o segundo lhe caminhasse ao lado.<br /><br />- Alto lá! dizia ele não se emparelhe comigo, que quem carrega ouro não é do mesmo naipe de quem conduz feno. Guarde cinco passos de distância e caminhe respeitoso como se fosse um pajem.<br /><br />O burrinho do farelo submetia-se e lá trotava, de orelhas murchas, roendo-se de inveja do fidalgo
<br /><br />De repente
<br /><br />Osh! Oah! São ladrões da montanha que surgem de trás de um tronco e agarram os burrinhos pelos cabrestos.<br /><br />Examinam primeiramente a carga do burro humilde e, Farelo! exclamaram desapontados o demo o leve! Vejamos se há coisa de mais valor no da frente.<br /><br />- Ouro, ouro! gritam, arregalando os olhos. E atiram-se ao saque.<br /><br />Mas o burrinho resiste. Desfere coices e dispara pelo campo afora. Os ladrões correm atrás, cercam-no e lhe dão em cima, de pau e pedra. Afinal saqueiam-no.<br /><br />Terminada a festa, o burrinho do ouro, mais morto que vivo e tão surrado que nem suster-se em pé podia, reclama o auxílio do outro que muito fresco da vida tosava o capim sossegadamente.<br /><br />- Socorro, amigo! Venha acudir-me que estou descadeirado
<br /><br />O burrinho do farelo respondeu zombeteiramente:<br /><br />- Mas poderei por acaso aproximar-me de Vossa Excelência?<br /><br />- Como não? Minha fidalguia estava dentro da bruaca e lá se foi nas mãos daqueles patifes. Sem as bruacas de ouro no lombo, sou uma pobre besta igual a você
<br /><br />- Bem sei. Você é como certos grandes homens do mundo que só valem pelo cargo que ocupam. No fundo, simples bestas de carga, eu, tu, eles
<br /><br />E ajudou-o a regressar para casa, decorando, para uso próprio, a lição que ardia no lombo do vaidoso.<br /><br />(Conto de Monteiro Lobato)<br /><br /><hr /><br />A Casa da Gritaria<br /><br />-Que barulhada! Exclamou Emília, ao aproximar-se da casa das Interjeições*.<br /><br />Será algum viveiro de papagaios?<br /><br />-São elas. Aquilo lá dentro parece um hospício, porque as Interjeições não passam de gritinhos, disse o Verbo Ser.<br /><br />-Gritos de quê?<br /><br />-De tudo. Gritos de Dor, de Alegria, de Aplauso
<br /><br />A casa das Interjeições parecia mesmo um viveiro de papagaios. Assim que entrou, Emília viu passarem correndo dois gemidinhos de Dor, as Interjeições ai! e ui! Logo em seguida viu, a dar pulos, três gritinhos de Alegria::- ah! oh! eh! Depois viu três de nariz comprido, as Interjeições de Desejo: - tomara! oh! oxalá!<br /><br />E viu três num entusiasmo doido as interjeições de Animação: eia! sus! coragem!<br /><br />E viu quatro de Aplauso, batendo palmas:- viva! bravo! bem! apoiado!<br /><br />E viu mais quatro com caras de horror e nojo, que eram as Interjeições de Aversão:- ih! chi! irra! apre!<br /><br />E viu algumas de Apelo, chamando desesperadamente alguém: - olá! psiu! alô!<br /><br />E viu duas de Silêncio, encolhidinhas, de dedo na boca: -psiu! silêncio!<br /><br />E viu uma bem velhinha, de Admiração: caspite!<br /><br />- Que baitaquinhas! comentou Emília, tapando os ouvidos. -Já estou tonta, tonta
<br /><br />*Interjeição: Palavra que expressa emoções, sentimentos ou pensamentos súbitos.<br /><br />Texto retirado do livro Emília no país da Gramática Monteiro Lobato<br /><br /><hr /><br />O orgulhoso<br /><br />Era um jequitibá enorme, o mais importante da floresta. Mas orgulhoso e gabola. Fazia pouco das árvores menores e ria-se com desprezo das plantinhas humildes. Vendo a seus pés uma tabua disse:<br /><br /> Que triste vida levas, tão pequenina, sempre à beira dágua, vivendo entre saracuras e rãs
Qualquer ventinho te dobra. Um tisio que pouse em tua haste já te verga que nem bodoque. Que diferença entre nós!A minha copada chega às nuvens e as minhas folhas tapam o sol. Quando ronca a tempestade, rio-me dos ventos e divirto-me cá do alto a ver os teus apuros.<br /><br /> Muito obrigada! Respondeu a tabua ironicamente. Mas fique sabendo que não me queixo e cá à beira dágua vou vivendo como posso. Se o vento me dobra, em compensação não me quebra e, cessado o temporal, ergo-me direitinha como antes. Você, entretanto
<br /><br /> Eu, que?<br /><br /> Você jequitibá tem resistido aos vendavais de até aqui; mas resistirá sempre? Não revirará um dia de pernas para o ar?<br /><br /> Rio-me dos ventos como rio-me de ti, murmurou com ar de desprezo a orgulhosa árvore.<br /><br />Meses depois, na estação das chuvas, sobreveio certa noite uma tremenda tempestade. Raios coriscavam um atrás do outro e o ribombo dos trovões estremecia a terra. O vento infernal foi destruindo tudo quanto se opunha à sua passagem.<br /><br />A tabua, apavorada, fechou os olhos e curvou-se rente ao chão. E ficou assim encolhidinha até que o furor dos elementos se acalmasse e uma fresca manhã de céu limpo sucedesse aquela noite de horrores. Ergueu, então, a haste flexível e pode ver os estragos da tormenta. Inúmeras árvores por terra, despedaçadas, e entre as vítimas o jequitibá orgulhoso, com a raizana colossal à mostra
<br /><br />E aí, você prefere ser o Jequitibá ou a tabua?<br /><br />Eu escolho a tabua.<br /><br />Mas conheço muitos jequitibás
<br /><br /><br /><br />(Fábula de Monteiro Lobato)<br /><br />Fonte: <a href="http://www.visiteurucania.com.br/dia-nacional-do-livro-infantil-uma-homenagem-a-monteiro-lobato/" target="_blank"><a href="http://www.visiteurucania.com.br/dia-nacional-do-livro-infantil-uma-homenagem-a-monteiro-lobato/" target="_blank">http://www.visiteurucania.com.br/dia-nacional-do-livro-infantil-uma-homenagem-a-monteiro-lobato/</a></a></div><br /><br /></td></tr>]]>
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