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| <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Por Lauro Portela</strong></p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">A Congregação Salesiana chegou a Mato Grosso, em 1894. Para cá vieram a convite e sob auxílio do governo estadual. É forte sua presença em instituições centenárias de ensino tais como o Noviciado Santo Antônio (atual Patronato Santo Antônio, ou Salesiano Santo Antônio), fundado no distrito do Coxipó, em 1897, e o Liceu de Artes e Ofícios (hoje o Colégio Salesiano São Gonçalo), fundado em 1895, no presbitério da Igreja de São Gonçalo, no Porto, ambas de Cuiabá, e Colégio “Santa Tereza”, fundado em Corumbá, em 1908.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">Em 1897, o Liceu Salesiano foi instado numa antiga chácara, no alto de um morrinho na margem esquerda do córrego da Prainha, junto à antiga Rua dos Pescadores (como era, também, conhecido o Caminho do Porto, atual XV de Novembro). Ali, foi erguida uma capela dedicada à Nossa Senhora Auxiliadora. Dom Aquino Corrêa era seu ilustre devoto e, quando diretor do Liceu Salesiano, propôs a construção de novo templo à “estrela de sua vida” – como se referiu padre Pedro Cometti sobre a devoção do bispo de Prusíade.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">A ação da Missão Salesiana de Mato Grosso abrangia também, o que era a real intenção do convite do governo de Mato Grosso, a catequese dos índios Bororo: Colônia “Tereza Cristina” fundada originalmente como Missão Militar, por curto período (1894-1898); depois, Colônia Sagrado Coração de Jesus (1902); e, por fim, a Colônia da Imaculada Conceição (1904). Esta atuação catequética junto ao povo Bororo trouxe para seus centros educacionais muitos filhos desta nação. Os salesianos disputavam com os militares o projeto de incorporação dos povos indígenas à chamada “civilização”. Do lado dos militares havia o futuro Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, então chefe da Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas (CLTEMTA), o qual organizou o Serviço de Proteção ao Índio e Localização do Trabalhador Nacional (ou, simplesmente, SPI), em 1910, aproveitando a mão de obra nativa na extensão e operação das linhas de telégrafo. Os salesianos, por seu turno, além dos trabalhos de catequese, também se dispuseram da mão de obra indígena para as suas construções.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">Assim, em 1912, 24 índios Bororo trabalharam no serviço de desmonte do pequeno morro e terraplanagem do terreno da nova igreja. O periódico “A Cruz” (Cuiabá, 28 abr. 1912, p. 2) menciona a chegada destes indígenas. Trazidos pelo padre João Balzola, “vindos prestar o contributo do seu trabalho inteligente na construção de um monumento que vai realçar de muito a craveira do nosso adiantamento edilicio”. Após um mês de trabalho, no dia 24 de maio, dia de Nossa Senhora Auxiliadora, a pedra fundamental foi abençoada.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">O projeto arquitetônico ficou a cargo do arquiteto italiano Domingos Dalpiano (embora a Ata Salesiana de lançamento da pedra fundamental indicasse J. F. Washington Aguiar). O estilo escolhido, o neogótico, competia em estética com a Igreja do Bom Despacho – cuja construção corria concomitante, mas tocada pelos franciscanos.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">A Igreja ficou pronta em 1929, quando Dom Aquino Corrêa, agora como Arcebispo metropolitano, benzeu a “estrela de sua vida” – mas sem a torre característica. Esta só foi construída entre 1959 e 1960, quando o Liceu estava sob a direção do padre Mario Pellattiero.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify"> ;</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify"><strong>Referências</strong></p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">COMETTI, Pedro. D. Aquino – vida e obra. Brasília: Gráfica do Senado, 1993.</p>]]>
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| <![CDATA[<p style="text-align:justify">FRANCISCO, Adilson José.<em> Memória e identidades:</em> o cotidiano no Liceu Salesiano em Mato Grosso. In: XXVII Simpósio Nacional de História, 2013, Natal. Anais do XXVII Simpósio Nacional de História. Natal: UFRN, 2013. p. 1-12. Disponível em: Acesso em 10 fev. 2019.</p>]]>
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194
| <![CDATA[<p style="text-align:justify">MATOS, Alex de. <em>Templos Secretos</em>: história e arquitetura sagrada das igrejas neogóticas de Mato Grosso. Cuiabá: [Editora do autor], 2011.</p>]]>
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